Observador da Santa Sé nas Nações Unidas analisa relatório sobre refugiados palestinos
Da redação, com Rádio Vaticano
O relatório elaborado pela agência da ONU para o Oriente Médio, UNRWA, revela um ‘quadro preocupante’ sobre a situação dos refugiados palestinos. Segundo o arcebispo Berbardito Auza, observador da Santa Sé nas Nações Unidas, o documento apresenta uma situação dramática daquelas áreas do Oriente que incluem territórios nos quais os cristãos foram parte integrante durante milênios.
No contexto da 70ª Assembleia geral das Nações Unidas, em Nova York, Dom Auza destacou que “o processo de paz está parado; e as crescentes tensões e a violência na Cisjordânia, em Gaza e Jerusalém geram “grave preocupação” para a Santa Sé, que renova, portanto, seu apoio por uma solução global, justa e duradoura para a cidade de Jerusalém, ‘patrimônio espiritual’ de judeus, cristãos e muçulmanos”.
Na Síria, as estruturas educativas e de saúde de mais de meio milhão de refugiados palestinos foram atacadas pelas partes em conflito, tanto que tantas crianças não puderam frequentar as aulas por muito tempo. Aumenta o número de feridos, mas diminuem as estruturas para acolhê-los. Alguns campos de refugiados palestinos, como o de Yarmouk, “estão literalmente sob assédio”, e o acesso limitado dificulta o abastecimento. Outros campos também são alvo de ações militares.
Agradecendo o Líbano e a Jordânia pela colaboração com a agência e a acolhida, como a Turquia e países europeus, de refugiados iraquianos e sírios, o Observador fez votos que a pacificação substitua a violência e a guerra ilógica, fútil e contraproducente. E que a assistência humanitária acessível para refugiados e desalojados internas tome o lugar do atual fluxo de armas que chega à região de todas as partes do globo. O convite final é para que não se renuncie à busca insaciável da paz.