Dom Bernardito Auza afirma que, apesar de as mulheres serem as mais atingidas pela pobreza, elas estão com muita coragem na luta para erradicar esse mal
Da redação, com Rádio Vaticano
Durante a 59ª Sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres, que acontece no Palácio de Vidro e vai até esta quinta-feira, 19, o observador permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Nova Iorque, Dom Bernardito Auza, recordou que as mulheres constituem a maior parte dos pobres no mundo.
O arcebispo afirma que apesar de as mulheres serem as mais atingidas, elas estão, hoje, mais que nunca, com muita coragem na linha de frente da luta para erradicar a extrema pobreza.
“Considerando todas as desvantagens às quais as mulheres ainda são submetidas, soluções para a pobreza devem ser formuladas com objetivos corajosos e implementadas concretamente, para que assim possam ter um impacto real no progresso das mulheres”, afirmou Dom Auza.
Antídoto contra a pobreza
Ao apresentar estatísticas das Nações Unidas, que destacam a centralidade da família na erradicação da pobreza e na promoção do desenvolvimento sustentável, Dom Auza destacou dois pontos que devem ser combatidos para evitar que a pobreza se perpetue.
“Estudos demonstraram que estruturas familiares frágeis e o declínio dos casamentos entre os pobres estão intrinsecamente ligados à pobreza entre as mulheres. Mães solteiras são deixadas sozinhas para criar seus filhos. Muitas mães em situação de risco fracassam ao mandar seus filhos para a escola, e isso os prende em um círculo vicioso de pobreza e marginalização”, concluiu o Observador permanente da Santa Sé na ONU.