Acolhimento e inclusão. Duas ações essenciais para garantir qualidade de vida às pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Em Brasília, o Espaço Multissensorial inaugurado no Aeroporto Internacional promete oferecer mais conforto aos passageiros neurodivergentes.
Reportagem de Gabriela Matos e Ersomar Ribeiro
Ambiente tranquilo, luz baixa, espaço de leitura, descanso e quadro interativo. Esta é a sala multissensorial do aeroporto internacional de Brasília. “Ele é um espaço para trazer tranquilidade, para trazer organização em momentos de crise, em momentos de crise de ansiedade também”, explicou a terapeuta ocupacional, Kamyla Morais.
A sala conta com um espaço que simula o interior de um avião para que as pessoas já comecem a se acostumar com o que vão encontrar dentro das aeronaves. “Ele é um suporte muito grande para essas famílias, tanto famílias atípicas quanto de crianças, de adultos, que precisam desse apoio. Esse é um lugar de acolhimento, é um lugar para deixar a viagem mais tranquila, o momento em família mais prazeroso, para que todos possam aproveitar e curtir todo esse momento”.
Ao chegar ao aeroporto, qualquer passageiro pode solicitar um kit no balcão de informações, que contém uma fita de girassol, símbolo de deficiências invisíveis, protetor auricular e livros ilustrados com informações sobre inclusão. “E a pessoa ao utilizar esse fodão, ela é automaticamente identificada pelos nossos funcionários. Nesse projeto a gente tem ações de treinamento de toda a equipe que lida com atendimento ao público para saber lidar com pessoas, passageiros, acompanhantes que têm deficiências ocultas. Transtorno do espectro autista é uma delas”, concluiu o diretor comercial e de assuntos corporativos da Inframerica, Rogério Coimbra.
O projeto prevê a implantação de 20 salas como essa até 2026. A intenção é atender 200.000 passageiros com essas características que circulam anualmente pelos aeroportos brasileiros.
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