Rumo à beatificação

Restos mortais de JPII serão venerados, mas não haverá exumação

Os restos mortais de João Paulo II (Karol Wojtyla) poderão ser venerados pelos fiéis após a Missa de Beatificação do Papa Polonês. No entanto, o corpo do Pontífice não estará visível aos fiéis.

A Missa de Beatificação será presidida por Bento XVI no Domingo da Oitava da Páscoa (ou da Divina Misericórdia), 1º de maio, às 10h (horário de Roma), na Praça de São Pedro. Logo após, o Papa e os cardeais concelebrantes da Missa irão em procissão da Praça de São Pedro até o interior da Basílica, onde se ajoelharão diante da urna com os restos mortais de João Paulo II para rezar.

A urna será colocada sobre um catafalco [suporte usado durante homenagens fúnebres] e coberta com uma tela branca, diante da monumental tumba de São Pedro, nas Grutas Vaticanas, onde permanecerá até a manhã do dia 1º, poucas horas antes de começar a cerimônia de Beatificação. Devido ao translado, as Grutas Vaticanas (cripta) – onde hoje descansam os restos mortais do Pontífice – permanecerão fechadas ao público de 29 de abril a 1º de maio.

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Depois do Papa e dos cardeais, todos os fiéis que desejarem poderão também rezar diante dos restos mortais de João Paulo II. A Basílica de São Pedro permanecerá aberta enquanto durar o fluxo de fiéis, para permitir que as centenas de milhares de pessoas esperadas para a cerimônia possam rezar diante do primeiro Pontífice polonês da história.

Após isso, a urna com os restos mortais do Santo Padre não será aberta durante o translado das Grutas Vaticanas para o altar da Capela de São Sebastião, na Basílica de São Pedro, onde será depositada. Logo, não haverá uma exumação. O motivo é o curto espaço de tempo desde o falecimento de João Paulo II, segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

A Capela de São Sebastião foi restaurada, com nova iluminação e som, e guarda atualmente os restos do Papa Inocêncio XI (1611-1689). Na próxima sexta, 29, a urna com os restos de Inocêncio será transladada para o Altar da Transfiguração, em uma cerimônia simples, presidida pelo Cardeal Arcipreste do templo, Angelo Comastri, e o capítulo catedralício.


Até agora

Desde 8 de abril de 2005, os restos de João Paulo II repousam nas Grutas Vaticanas, na tumba que foi do Beato João XXIII e a poucos metros da tumba de São Pedro. Ele é o único Papa que repousa entre duas rainhas, Cristina da Suécia e Carlota do Chipre, enterradas nas Grutas Vaticanas a poucos metros de sua sepultura.

Uma simples lápide de mármore branco cobre a tumba, lugar de peregrinação de fiéis de todo o mundo. Segundo dados do Vaticano, uma média de mais de 20 mil pessoas a visitam diariamente. Ioannes Pavlvs PP II. 16.X.1978-2.IV.2005 são as únicas letras e números gravados no mármore, proveniente da famosa montanha de Carrara, no noroeste italiano. A lápide mede 2,20 metros de altura por 1,20 metros de largura.

João Paulo II apreciava muito João XXIII, motivo pelo qual decidiu ser enterrado na tumba que era ocupada por esse, uma vez que o corpo do "Papa Bom" – que convocou o Concílio Vaticano II e efetuou mudanças profundas na Igreja – foi transladado à Basílica Vaticana após sua beatificação, em 3 de setembro de 2000, pelo próprio João Paulo II. Os restos de João XXIII descansam na capela de São Jerônimo, a poucos passos da que abrigará os restos de Wojtyla.

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