30 a 11 de dezembro

Repam quer levar Pan-amazônia à COP21

Mais de 120 chefes de Estado são esperados na 21ª Conferência internacional sobre as mudanças climáticas (Cop21)

Da redação, com Rádio Vaticano

A Rede eclesial Pan-amazônica (Repam) quer participar da 21ª Conferência internacional sobre as mudanças climáticas (Cop21), de 30 de novembro a 11 de dezembro, em Paris.

Mais de 120 chefes de Estado são esperados no evento, cuja realização foi confirmada pelo primeiro-ministro francês, Manuel Valls, que adiantou que a França está disposta a manter a cúpula internacional sobre o clima, pois “adiá-la seria de certa forma ceder diante da violência”.

A Repam, como novo ator na defesa do meio-ambiente e dos povos amazônicos, é apena uma das realidades da Igreja engajadas contra as mudanças climáticas e na promoção de um estilo de vida e convívio mais saudável e respeitoso da natureza.

Existe um Movimento mundial em favor do clima, que reúne 230 organizações católicas, que promoveu uma petição que já foi assinada por 500 mil pessoas pedindo a adoção de políticas internacionais para impedir o aumento do aquecimento global.

O documento será entregue às autoridades francesas, que presidirão a Cop21, e aos representantes das Nações Unidas, em um evento interconfessional marcado para Paris, no próximo dia 28.

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O Pontifício Conselho da Justiça e da Paz promoveu um apelo, assinado por cardeais, patriarcas e bispos do mundo inteiro em representação das associações continentais de Conferências episcopais nacionais, por um acordo “justo, juridicamente vinculativo e autenticamente transformativo” na próxima Conferência sobre as Mudanças Climáticas (COP 21).

A declaração é subdividida em dez pontos e invoca uma liderança política corajosa e imaginativa que saiba antepor o bem comum aos interesses nacionais, com atenção especial aos pobres. Padre Michael Czerny, que representa o Pontifício Conselho na Plenária da Repam em Bogotá, ressalta que a Igreja estará presente na grande conferência COP21 também como Estado Observador.

“Com nossa delegação, participaremos das negociações. O Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, será o líder da delegação, que incluirá representantes das Igrejas locais. Haverá uma representação da Igreja em todo o mundo, assim que as vozes que se elevam da Amazônia e de outras partes do mundo ameaçadas por secas ou tempestades, estarão presentes.”

Ele diz ainda que a contribuição da Santa Sé é sempre muito apreciada, porque todos os outros Estados tratam de defender seus próprios interesses, e o único interesse da Santa Sé é o homem.

“Assim, a Santa Sé tem um papel essencial de chamar a comunidade internacional, aonde todos estão muito ocupados em defender seus próprios interesses e convidá-los a olhar ao bem comum, ao bem de todos, do futuro. Esperamos que no espírito da Laudato si, a Santa Sé poderá ajudar a melhorar os resultados de Paris e a comunidade internacional e todos os povos a levarem a sério suas responsabilidades para cuidar de nossa casa comum”.

Naturalmente, a presença do Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Repam, na cúpula sobre o clima COP21 estará condicionada às condições de segurança na capital francesa.

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