A catedral de Jolo foi reaberta e consagrada novamente seis meses após o atentado que matou 21 pessoas e feriu mais de 80
Da redação, com VaticanNews
O futuro da Igreja na ilha de Jolo e em todo o sul das Filipinas está nas mãos e sob o manto da Virgem do Carmo: com este espírito e com um especial “Ato de entrega a Maria”, foi reaberta e consagrada novamente na festa litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, a Catedral de Jolo.
O local foi palco em um atentado em 27 de janeiro, que matou 21 pessoas e feriu mais de 80. O ataque foi obra de dois kamikazes que provocaram uma explosão dentro e outra fora da catedral, naquele que é considerado o mais grave atentado da história do país.
Agora, a comunidade católica de Jolo (cerca de 25 mil fiéis em um território que abriga 1,7 milhão de muçulmanos) reuniu-se na terça-feira, 16, (festa litúrgica de Nossa Senhora do Carmo) para celebrar a Missa na Catedral de Nossa Senhora do Monte Carmelo, padroeira do Vicariato Apostólico, guiada agora pelo padre Romeo Saniel, missionário dos Obatos de Maria Imaculada.
A Missa foi presidida pelo núncio apostólico nas Filipinas, arcebispo Gabriele Caccia, e concelebrada por numerosos outros bispos filipinos, incluindo o arcebispo Romulo Valles, presidente da Conferência Episcopal, Dom Angelito Lampon, ex-vigário apostólico de Jolo, hoje à frente da comunidade de Cotabato, Dom Edwin Dela Peña, à frente da Prelazia territorial de Marawi, presidente da Comissão para o diálogo inter-religioso no episcopado filipino.
Organizações católicas e benfeitores internacionais
Os bispos, sacerdotes e fiéis presentes expressaram sua alegria pela restauração da Catedral. Os atentados haviam provocado sérios danos ao prédio, agora restaurado e reaberto graças à contribuição de organizações católicas e benfeitores internacionais.
“Nossa missão hoje é viver, pregar, testemunhar o Evangelho em um ambiente social e cultural com uma maioria islâmica”, explica à Agência Fides, Dom Angelito Lampon.
“Colocamos nossas vidas nas mãos de Deus todos os dias e nos abandonamos à sua vontade”, levando em frente uma missão de diálogo e de convivência pacífica com os fiéis de outras religiões. Esta missão de paz – explica ele – torna-se um sinal visível de um Evangelho que anuncia e testemunha a paz, a reconciliação e a misericórdia.”