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Proteção de menores no meio digital é tema de congresso no Vaticano

Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, presente em congresso, declarou que desprezo à infância e abuso de crianças não é só crime, mas sacrilégio

Da redação, com Rádio Vaticano

Está acontecendo em Roma, o Congresso “A dignidade do menor no mundo digital” que reúne especialistas, professores, empresários, lideranças civis, políticas e religiosas de todo o mundo para debaterem até amanhã, 5, sobre como proteger os menores de bullying e abusos na internet.

Entre os convidados do seminário, que foi iniciado nesta terça-feira, 3, está o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin. Durante sua participação na discussão sobre o tema, Dom Parolin afirmou que “desprezar a infância e abusar de crianças é para os cristãos não só um crime, mas também um sacrilégio, ou seja, uma profanação daquilo que é sagrado: a presença de Deus em todo ser humano”.

O cardeal também pontuou a “gravidade alarmante” de fenômenos da rede, como “dimensão e velocidade de difusão” de conteúdos, e afirmou terem superado a imaginação. “Nas muitas formas de violência contra crianças, a horrível realidade do abuso sexual está praticamente sempre presente, como aspecto comum e consequência de uma violência multiforme e difundida, que ignora o respeito do corpo e da alma, da sensibilidade profunda e da dignidade de cada criança, de cada jovem, a qualquer povo pertença”, comentou.

O “controle do desenvolvimento do mundo digital”, foi o apelo de Dom Parolin para que a internet seja uma ferramenta a “serviço da dignidade dos menores e de toda a humanidade”. Para o Secretário de Estado, a capacidade de pais e professores de incidir na formação das novas gerações é bem menor hoje do que no passado, e muitas vezes é anulada pela contínua onda de mensagens e imagens que os menores absorvem no contato com as novas mídias.

No Brasil mais de 80% dos usuários da internet tem entre 8 e 17 anos e é o oitavo país do mundo com mais conteúdos impróprios disponíveis para crianças e adolescentes na internet, segundo pesquisa realizada pela empresa especializada em segurança online Kaspersky Lab, e divulgada em reportagem de Lízia Costa e Paulo Pereira, ao CN Notícias.

Diante do fácil acesso de mais da metade das crianças à internet, a sites de pornografia, violência e chats clandestinos, e a consequente vulnerabilidade a abusos sexuais ou cyberbulliyng, o assunto tema do congresso, incluiu a Igreja em mais este desafio de proteção digital.

Mais informações na matéria de Lízia Costa e Paulo Pereira

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