No dia 11 de maio, acontece a tão esperada cerimônia de canonização de Frei Galvão, com início previsto para as 9h. Mas poucas pessoas sabem que as atividades no local começam ainda durante a madrugada. A partir das 2h da manhã, haverá uma vigília que antecede a missa.
Alguns jovens que participarem do Encontro do Papa com a Juventude no Pacaembu devem seguir direto, em procissão, para o Campo de Marte. Juntamente com os organizadores da Missa e os fiéis que chegarem mais cedo, participarão da vigília, na qual serão ensaiados cantos em preparação para a missa. Uma grande diversidade de preces também está sendo preparada.
A partir das 6h, mais de 50 corais (cerca de mil vozes) cantarão acompanhados pela Orquestra do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Nos intervalos entre as músicas, serão feitas algumas reflexões baseadas em pensamentos de Frei Galvão.
No horário oficial de início da missa, às 9h, o Papa Bento XVI e sua comitiva chegarão ao Campo de Marte. Trata-se de um dos momentos mais esperados da celebração, no qual os fiéis terão um contato mais próximo com o Sumo Pontífice. Já diante do altar, o Santo Padre será saudado pelo novo arcebispo de São Paulo Dom Odilo Scherer, que assume o cargo no dia 29 de abril.
Na abertura da cerimônia, será feita uma leitura da biografia de Frei Galvão. Em seguida, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos da Santa Sé, Cardeal José Saraiva Martins, fará a petição de canonização do Beato Frei Galvão. Na seqüência, o Santo Padre proclamará solenemente que Antônio de Santana Galvão é Santo. A partir de então fica autorizado o culto público do primeiro santo brasileiro, por todo o mundo.
Uma relíquia do novo santo – pedaço de um de seus ossos – será apresentada aos fiéis. A Santa Missa, então, continua com a oração do “Glória” e Frei Galvão passa a ser citado em grande parte das orações até o fim da celebração.
Dom Joaquim Justino Carreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e responsável pela organização da cerimônia do Campo de Marte, comentando sobre a importância do evento para o Brasil, declarou: “A graça de Deus com a vinda do papa, entre outros motivos pela canonização de Frei Galvão, faz-se notar em nosso país. Refiro-me, especialmente, à alegria, disposição e gratidão das pessoas envolvidas nesse evento de magnitude. É algo que vem de dentro, estimula. É uma obra de Deus”.