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Entrevista

Princesa fala de sua conversão pessoal e de livro sobre Bento XVI

A princesa italiana Alessandra Borghese, jornalista e escritora, após anos afastada da fé, contou sua experiência de conversão pessoal em vários livros.

Em entrevista à Agência Zenit, Alessandra, fala sobre seu novo livro "Seguindo os passos de Ratzinger", onde comenta sobre o "lado mais humano de Bento XVI" e sobre sua experiência de fé.

1- Você decidiu escrever o livro porque já conhecia o Papa pessoalmente?

Certamente eu conhecia um cardeal, admirava-o e o seguia. Saber depois que se tornou um Pontífice é uma sensação e uma experiência única na vida. Mas o que mais me une a Joseph Ratzinger é a fé.

2- Neste livro, você retorna às raízes do Papa. O que esta perspectiva oferece?

Para conhecer um Papa ou um chefe de Estado é importante saber o que pensa, ler seus livros. De Joseph Ratzinger temos muitíssimos livros. Mas creio que é muito importante descobrir também os lugares onde deu seus primeiros passos, ver qual é sua casa, seu povo. Como era a rua que percorria para ir à escola, quem eram seus amigos ou inclusive o que ele comia. Todos estes detalhes ajudam a perfilar de forma mais completa sua personalidade.

3- Que coisa fundamentais você descobriu seguindo seus passos?

Em primeiro lugar, um país esplêndido: a terra natal de nosso amado Papa. Em segundo lugar, percorrendo os caminhos, os passos de Bento XVI, também descobri as tradições e os velhos costumes que impregnaram sua vida. Mas sobretudo descobri um homem sereno, doce, amável. Um homem de fé iluminado pela Graça.

4- Como você descreve o Papa, a partir de sua experiência?

É um estudioso reservado, muito alemão. Nós, latinos, somos mais abertos, temos que estar na rua. Ele, contudo, é mais caseiro, prefere tocar o piano em sua residência de verão. É uma questão de atitude. Também é uma pessoa extremamente amável e educada, mas também cheia de carinho. Ele olha nos seus olhos e o faz se sentir importante.

5- O que você descobriu sobre o Papa, quando era criança? 

Joseph Ratzinger nasceu em um Sábado Santo, na noite mais importante do calendário litúrgico católico. Isso já poderia ser um sinal. Quando era um menino de Primeira Comunhão, viu o cardeal de Munique e disse a seu irmão mais velho: "Que bonito! Quero ser cardeal quando crescer!" Todos esses fatos ajudam a descobrir uma personalidade muito livre, muito forte e muito transparente.

6- E como ele é em relação a João Paulo II?

Doutrinalmente, é sua continuidade. Como ele, não está aberto a mudanças. Mas, como romana, eu lhe asseguro que nunca as audiências e os ângelus estiveram tão cheios de gente.

7- Também foi na terra da Baviera onde você regressou à fé católica…

Certo. Eu havia me convertido em uma pessoa conformista, pensava que a Igreja era coisa de ontem e que a liberdade estava fora do religioso. O moderno era ir contra a corrente. Agora encontrei a fé, que dá verdadeiro sentido à vida e não tira nada. Sou muito feliz por que pude parar e olhar dentro de mim. Agora sou uma mulher verdadeiramente livre.

8- Você relatou essa experiência em dois livros anteriores, já publicados na Espanha. Não dá um certo temor contar algo tão íntimo como a conversão pessoal à fé?

O Papa nos disse, e também o próprio Jesus Cristo, que sim, pode-se falar da fé. A fé tem um fator privado, porque há uma parte de nossa alma que, como dizia Santa Catarina de Sena, "é só para nós e para o Senhor". Mas também tem uma parte pública importante. A fé é pública, hoje mais que nunca.

9- Cada dia mais, certos setores sociais exigem que a fé seja relegada ao âmbito do privado. Qual sua opinião?

Em muitos lugares existe uma agenda política que quer promover leis que a Igreja não pode aceitar. Por isso, a classe política diz aos cardeais e bispos: "Estão fazendo política e a Igreja não pode fazer política". Mas a Igreja se ocupa sempre do futuro e do presente do homem. Não faz política diretamente, mas se ocupa dela. Quando são feitas leis que vão contra o homem, então a Igreja, desde sua visão ética e moral, claro que tem de falar. Essa é a verdadeira laicidade.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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