Os presidentes sul-americanos decidiram nesta sexta-feira, 28, aguardar um informe de seus ministros de Defesa antes de decidir se solicitam uma entrevista com o presidente norte-americano, Barack Obama, para discutir o papel militar dos Estados Unidos na região.
Na reunião de cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Bariloche, na Argentina, os líderes da região concordaram em pedir ao recém-criado Conselho de Defesa da organização um informe sobre o alcance de um polêmico acordo que permitirá aos EUA o uso de sete bases militares da Colômbia.
Vários países liderados pela Venezuela temem que a maior presença militar dos EUA seja a ponta de lança de um plano norte-americano para controlar militarmente a região.
"Uma vez que tenhamos o informe técnico, vamos decidir se é necessário pedir uma entrevista com Obama", disse a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em entrevista à imprensa.
Em sua defesa do acordo, o presidente colombiano, Alvaro Uribe, garantiu que o acordo militar entre seu país e os Estados Unidos só visa a fortalecer sua aliança na luta contra o narcotráfico e o terrorismo.
Ele acrescentou que os EUA deram à Colômbia ajuda prática e eficaz na luta contra esses flagelos.
Uribe também ofereceu garantias de que a presença militar norte-americana se limitaria a tarefas de vigilância aérea.
Mas Chávez afirmou que "é impossível que a Colômbia ofereça garantias porque assim que os ianques chegam a um país, já ninguém mais manda neles (…) perguntem no Iraque."
O convite a Obama foi proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também pediu que a Colômbia dê garantias legais de que as tropas norte-americanas não operariam fora de seu território.
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