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Pokemon Go: Igrejas são invadidas por jogadores nos EUA

Sacerdotes e grupos de jovens vêem na febre uma oportunidade de evangelizar os jovens que entram nas igrejas em busca de Pokemons 

Da redação, com Catholic Herald

Jovem procura Pokemons em frente à Igreja nos EUA./ Foto: Catholic Herald.

Jovem procura Pokemons em frente à Igreja nos EUA./ Foto: Catholic Herald.

Desde o lançamento nos Estados Unidos , no último dia 6, Pokemon Go rapidamente se tornou um fenômeno cultural. Na primeira semana, o jogo móvel atraiu cerca de 21 milhões de usuários, segundo dados do Survey Monkey, tornando-se o aplicativo mais popular na história dos Estados Unidos.

Como resultado, a natureza do jogo é conduzir enxames de jogadores para praças, empresas e até igrejas. Sacerdotes e grupos de jovens começaram a ver nessa popularidade uma oportunidade para evangelizar os jovens.

Pokemon Go usa a realidade aumentada, um ambiente do mundo real que incorpora elementos gerados por computador, como o GPS de dados, som e vídeo. Os usuários se movimentam no mundo real e recolhem no celular as pequenas criaturas virtuais do jogo, chamadas de Pokemon.

O aplicativo móvel é baseado na popular franquia que começou com vários jogos da Nintendo na década de 1990.

PokeStops

Empresas, praças e igrejas foram designados como PokeStops (onde os usuários coletam recursos necessários para pegar Pokemons) e Ginásios (onde as competições são realizadas entre as criaturas).

No dia 11 de julho, a Igreja da Assunção, em St. Louis, recebeu um grande número de visitantes, o que chamou a atenção do pároco Frei Thomas Keller.

“Não conseguia descobrir por que todas aquelas pessoas estavam em nossa propriedade. Notamos as pessoas caminhando e andando devagar em seus carros em volta da Igreja. No dia seguinte, descobrimos que estávamos fazendo parte do Jogo. Um simpático casal com um bebê explicou tudo para mim.”

O jogo têm sido especialmente atraente para os jovens adultos que conheciam Pokemon na década de 1990. Frei David Miloscia, 29, assistia a Pokemon quando era mais jovem. Ele jogou o novo jogo com um grupo de cinco adolescentes que visitaram a paróquia assim que Pokemon Go foi lançado. Frei Miloscia vê esta tendência em jogos móveis como uma oportunidade de se conectar com os outros. “Eu conversei com algumas crianças quando estavam no estacionamento”, disse ele. “Eles estavam felizes porque a Igreja se relacionou com eles desta maneira”.

Quando um local é escolhido pelos criadores do jogo, não se recebe nenhum aviso. Os padres e os funcionários das igrejas só ficam sabendo quando os jogadores chegam.

Kevin Flynn, que trabalha na recepção da Paróquia São Borromeu, na Virgínia, notou um grande grupo de homens jovens pendurados no estacionamento com seus telefones no ar. “Minha filha me disse mais tarde que a capela foi listada como um ginásio”, disse Flynn.

Muitas paróquias estão tentando descobrir a melhor maneira de abordar os jogadores, e de ser firmes pedindo que não se desrespeite o local. O seminarista João Paulo Heisler conta que um grupo de jovens foi até a Igreja da Natividade, onde atua, durante a Missa de domingo em busca de Pokemons. Em sua opinião, os jogadores foram desrespeitosos e alheios ao caráter sagrado da liturgia.

Procurar o Cristo

Frei Patrick Posey, da Paróquia de São Tiago, na Virgínia, enviou uma carta informando paroquianos sobre o assunto. Ele acolheu os jogadores, mas pediu respeito. E aproveitou para convidar os jovens a participar do próximo evento da paróquia, no dia 25 de julho. “Esperamos que, ao mesmo tempo em que esses jogadores encontram o Pokemon, possam também encontrar a Cristo. Não acho que há nada errado com o jogo. Só penso que muitos estão felizes em procurar Pokemons e relutantes em procurar a Jesus, porque este nos chama a darmos mais de nós mesmos.” 

De acordo com Julianne Stanz, diretor do Departamento de Nova Evangelização, na Diocese de Green Bay, a resposta da Igreja à febre de Pokemon Go deve ser a de “ir” – como na passagem “ir e fazer discípulos em todas as nações.”

Stanz e os membros do seu departamento criaram um guia de recursos Pokemon Go para as paróquias. O guia de quatro páginas dá uma descrição do Pokemon Go, uma definição de palavras-chave, a história do Pokemon e uma explicação de por quê paróquias devem se preocupar com o jogo.

Stanz acredita que lidar com a tecnologia dos dias atuais faz parte de seu ministério e diz que conscientizar as paróquias do motivo pelo qual estão sendo visitadas é o primeiro passo para compreender o fenômeno Pokemon Go e dar uma resposta à ele. 

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