Terra Santa

Pizzaballa: “Minha nova missão, um caminho feito juntos”

Novo Patriarca Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, fala sobre os desafios de seu novo cargo e destaca algumas de suas prioridades

Da redação, com VaticanNews

“Fortalecer o sentido de comunidade num contexto de fragmentação social, política e econômica que influi necessariamente na esfera religiosa.” Este é um dos desafios mais importantes que o novo Patriarca Latino de Jerusalém entrevê no futuro horizonte de sua missão.

Dom Pierbattista Pizzaballa foi nomeado em 24 de outubro pelo Papa Francisco e recebeu a imposição do pálio das mãos do Santo Padre numa cerimônia sóbria e significativa na capela da Casa Santa Marta quatro dias depois, em 28 de outubro.

Ele explica que a prioridade agora é “cuidar da unidade num contexto diocesano multiforme (o Patriarcado de Jerusalém tem jurisdição sobre os católicos de rito latino de Israel, Palestina, Jordânia e Chipre, ndr) onde convivem várias nações, diferentes línguas e culturas”.

Um caminho feito juntos

O novo caminho de dom Pizzaballa certamente não será solitário: envolverá leigos, sacerdotes, seminaristas, religiosas, religiosos e diáconos. “O bispo não deve ocupar os espaços, mas criá-los”, disse ele. “Deve se tornar um elemento de unidade: unidade não significa que existe somente ele, mas deve fazer com que o rebanho, a comunidade se reúnam.”

As causas da pandemia, novos desafios

O novo Patriarca Latino de Jerusalém terá que enfrentar, no âmbito social, problemas conhecidos e novas questões. “Os velhos problemas são, por exemplo, o conflito israelense-palestino, a economia em dificuldades, um Estado social muito frágil, especialmente em algumas partes do território. As novas situações são as causas provocadas pela pandemia que estão piorando as nossas condições precárias, que agora chegaram ao limite”.

Constituir um grupo válido de colaboradores

Quando questionado sobre qual será seu primeiro ato de governo, dom Pierbattista Pizzaballa responde que “agora não é o momento de fazer atos de governo”, mas é claro que será necessário pensar nos primeiros colaboradores, porque o bispo não trabalha sozinho: será necessário refletir sobre a nomeação dos vigários nas diversas regiões pastorais, dos conselhos presbiterais e assim por diante. Em suma, primeiro é preciso criar um bom grupo de colaboradores com os quais possamos traçar as diretrizes do futuro próximo”.

Oração e esperança, bússolas do novo ministério

A esperança e a oração certamente guiarão seu ministério complexo. O próprio patriarca confirma isso dizendo que “a esperança cristã não é o simples otimismo que nos faz dizer que está tudo bem. Muitas vezes confundimos as duas coisas. A esperança cristã é dar sentido ao que se vive. A tarefa do bispo é aprender e depois orientar seu povo a viver dentro de uma determinada situação, dando origem a uma atitude de resiliência e não a uma atitude de derrota ou frustração”. “Obviamente, a oração é a condição prévia para obter tudo isso. É a oração que dá força”, conclui.

 

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