Lava-Jato

PF prende envolvidos em organização criminosa na Eletronuclear

Ex-presidente da Eletronuclear foi preso; PF cumpre mandados de prisão relacionados à Lava Jato no Rio e em Porto Alegre

Da redação, com Reuters

A Polícia Federal lançou operação para cumprir mandados de prisão relacionados à Lava Jato no Rio de Janeiro (RJ) e em Porto Alegre (RS), nesta quarta-feira, 6, para desarticular uma suposta organização criminosa, que atuava na Eletronuclear, tendo como um dos alvos o ex-presidente da empresa Othon Luiz Pinheiro da Silva, que já é réu no âmbito da investigação. Pinheiro foi preso em um condomínio da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, na manhã de hoje.

De acordo com a PF, seis funcionários da Eletronuclear, uma unidade da Eletrobras, que integravam um núcleo operacional de fraudes também tiveram a prisão preventiva decretada, enquanto outras três pessoas são alvo de mandados de prisão temporária e nove de condução coercitiva.

“As investigações da PF apontam que um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3. A operação Pripyat apura os crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, sendo um desdobramento no Rio de Janeiro da 16ª fase da operação Lava Jato, denominada Radioatividade”, informou a PF em comunicado.

Lava Jato

Pinheiro foi alvo desta etapa da operação Lava Jato realizada em julho de 2015. Em dezembro do ano passado, a Justiça Federal do Rio acatou denúncia contra ele e mais 13 pessoas por acusações de corrupção e outros crimes relacionados a contratos da usina de Angra 3 investigados pela Radioatividade.

De acordo com as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, foi formado um cartel nas licitações de serviços de montagem da usina com envolvimento das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, que teriam feito pagamento de propinas ao ex-presidente da Eletronuclear.

Pinheiro, um vice-almirante reformado, foi acusado à época de receber propina de, ao menos, 4,5 milhões de reais e ficou preso em uma base militar no Rio de Janeiro antes de ser transferido para a prisão domiciliar.

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