Em declaração, patriarcas e líderes das Igrejas de Jerusalém evocam respeito ao status quo, que regulamenta gestão e acesso aos lugares sagrados
Da Redação, com Rádio Vaticano
A Esplanada das Mesquitas, na cidade velha de Jerusalém, permanece no centro das disputas sobre a gestão deste e dos outros lugares sagrados.
Em declaração, os patriarcas e líderes das Igrejas de Jerusalém expressam preocupação com a violência na Cidade Santa. Eles evocam, inclusive, o respeito ao status quo, que regulamenta a gestão e o acesso aos lugares sagrados, com referência particular à Esplanada das Mesquitas.
Também são grandes as inquietações expressas pelo fechamento total e as restrições ao acesso à Mesquita de al Aqsa. Para o custódio franciscano da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa, essa questão do status quo é um tema quase explosivo, em que a racionalidade das questões deve se confrontar com uma história antiga, com sentimentos que tocam também a esfera religiosa e social.
O sacerdote também comentou a importância história e religiosa desses lugares sagrados para as religiões monoteístas. Um aspecto é o fato de os credos monoteístas serem revelados, ou seja, Deus falou ao homem em um momento e em um lugar específico na história.
“Os lugares são importantes, porque estão ligados à história da Revelação: sem lugar não se teria o evento. Portanto, tocando estes lugares e colocando em discussão o status deles, entra-se não somente na questão histórica e crítica, mas também na ligação que povos inteiros naturalmente têm com essas localidades, porque dizem respeito à identidade desses povos”.