O Líbano se caracterizava pela "cordialidade" entre cristãos e muçulmanos desde o nascimento do islamismo, mas nos últimos 40 anos "esta cordialidade tornou-se cada vez mais difícil pois ingerências externas ajudam a complicar o relacionamento". Foi o que disse o Patriarca de Antioquia dos maronitas, Pierre Nasrallah Sfeir, falando nesta segunda, 13, durante o Sínodo dos Bispos em andamento no Vaticano.
O patriarca recordou ainda o dramático êxodo de cristãos e muçulmanos do país dos cedros: nos últimos 40 anos mais de um milhão de libaneses fugiram para o Ocidente. "Quanto cristãos permanecerão neste oriente cristão onde Cristo nasceu, se as coisas continuam como estão?", questionou.
Dom Guy-Paul Noujaimin, bispo libanês de Cesaréia de Filipe, denunciou o obstáculo de uma "exegese ideológica e política das sagradas escrituras", definindo "urgente" que a hermenêutica católica esclareça este ponto.
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