Conclusão da viagem

Parolin leva a bênção do Papa a crianças com deficiência no Sudão do Sul

Secretário de Estado do Vaticano concluiu hoje viagem ao país africano: cenas dramáticas de crianças com malformações e deficiências graves

Da Redação, com Vatican News

À ‘aldeia’ de Ovci, no Sudão do Sul, onde servem os Pequenos Apóstolos e os Leigos Cooperantes, o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, levou a todos a bênção do Papa: “Jesus está representado nos doentes”. Nesta sexta-feira, 8, último dia de sua viagem, celebrou missa da manhã no seminário maior e visitou a comunidade de alunos e professores da Universidade Católica e do Centro Usratuna para Crianças com Deficiência.

Ao ver seis crianças das cerca de 400 jovens convidadas do Centro Usratuna, Parolin relembrou uma fala de Francisco de que, diante de tantas situações, não há resposta, mas apenas lágrimas e orações. A casa de Juba é uma casa grande que atende não apenas os doentes, mas principalmente os portadores de espinha bífida e hidrocefalia, e seus familiares. Também as mãe, em particular, que precisam de apoio psicológico.

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Foi nesta aldeia que o cardeal passou a última etapa de sua viagem à África, que começou em 1º de julho na República Democrática do Congo e terminou no Sudão do Sul. Ao falar da viagem, Parolin, ressaltou que ela sempre foi acompanhada pela presença de crianças: as que dançam e se vestem nas missas públicas, as que se amontoam no campo de deslocados de Bentiu, entre moscas e poças, esperando que alguém lhes dê um aperto de mão. Por último, concluiu a sua viagem com as crianças doentes.

Parolin reafirma o afeto do Papa

À comunidade do centro de Usratuna, Parolin, como em todos os eventos destas jornadas africanas, reafirmou o afeto do Papa, que em seu nome os encoraja e lhes dá força. Em seu nome, ele dá a bênção; em seu nome, ele os acaricia, prestando atenção às suas fragilidades físicas. 

O cardeal também pareceu impressionado. Tentou cumprimentar a todos sem esquecer ninguém: inclinou-se para a frente, ajoelhou-se, estendeu as mãos e acariciou as faces. Só parou uma vez, quase como se contemplasse o que pareceu ser um pequeno Cristo crucificado. Mas ressaltou: era uma criança de pouco mais de 8 anos. Em vez de pregos, ele tinha seringas intravenosas; na cabeça, não a coroa de espinhos, mas uma parte da mandíbula completamente deslocada para um lado; a maca, em vez da cruz. Ele estava sob cuidados especiais, talvez não tenha muito tempo de vida.

“Raramente temos força para acompanhar esses casos difíceis. Muitas vezes também faltam forças espirituais e psicológicas”. Quem explica é Matteo, um cooperador de 33 anos de Bolonha, que está em Juba com sua esposa Carola. “As pessoas aqui parecem estar mais acostumadas com a morte como um ciclo natural da vida. Para nós é devastador”.

Depois de parar no dispensário, Parolin se dirigiu ao pátio principal e rezou um Pai Nosso junto com mães e filhos. Logo depois, se dirigiu ao St. Mary’s College, uma faculdade dentro do Centro que ajuda as famílias dos doentes a se especializarem na assistência aos deficientes. 

 

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