Cardeal ficará quatro dias na Rússia; visita gira em torno do diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa
Da Redação, com Rádio Vaticano
Teve início nesta segunda-feira, 21, a viagem de quatro dias que o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, faz à Rússia. O convite partiu das próprias autoridades religiosas russas.
“Faço votos de que esta visita facilite o diálogo e o entendimento entre a Igreja Católica e a Ortodoxa e contribua para a resolução de inúmeras tensões internacionais”, disse o Núncio Apostólico em Moscou, Dom Celestino Migliore, ex-Observador Permanente da Santa Sé na ONU.
O itinerário deste primeiro dia em solo russo para o Cardeal Parolin envolve encontros com bispos e a comunidade católica local. Nos próximos dias, haverá reuniões com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o Ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, bem como conversas com o Patriarca Kirill e o Metropolita Hilarion. A situação internacional, com especial atenção aos aspectos de caráter humanitário, estarão na pauta dos encontros com as autoridades civis russas e com expoentes da Igreja Ortodoxa.
“O Cardeal Secretário de Estado vem a Moscou, fazendo-se intérprete da solicitude do Papa Francisco em relação às várias crises mundiais existentes. A Santa Sé acompanha com atenção e preocupação todas estas situações e deseja dar a própria contribuição para uma específica resolução, fazendo apelo também à boa vontade, às possibilidade e ao entendimento dos maiores protagonistas no cenário internacional”.
No ano passado, Dom Migliore foi enviado a Moscou, após o encontro entre o Papa e o Patriarca Kirril, para acompanhar as relações com o Patriarcado. Ele faz votos de que esta visita aumente o conhecimento e a estima recíproca entre as duas comunidades cristãs. Por sua experiência, ele constata que em nível cultural, religioso, social e humanitário há iniciativas comuns que ajudam esta aproximação..
“A iniciativa que me parece mais pertinente ao objetivo é a de criar de todos os modos nas populações esta ideia de que não temos mais razão para termos medo um do outro. Obviamente, existe todo um passado que pesa, mas existe também a urgência do presente, do futuro que nos chama a seguir em frente e a deixar para trás estas recriminações do passado”, reiterou.