No encontro com Francisco, familiares reiteraram seu compromisso de promover gestos de caridade para abater o ódio
Rádio Vaticano
“Para derrotar o terror do Estado Islâmico, todos precisam fazer um gesto de caridade a mais”. Este é o apelo dos familiares de David Haines e Alan Henning, os dois reféns britânicos decapitados na Síria em setembro e outubro do ano passado.
Mike Haines, irmão de David, e Barbara Henning, esposa de Alan, quiseram encontrar o Papa Francisco justamente para testemunhar juntos, como já o fizeram numa carta aberta, sua mensagem de unidade entre os povos. E frisar que é fundamental agir pelo bem, sobretudo onde é mais necessário.
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Os dois estavam acompanhados pelo embaixador britânico na Santa Sé e o imã londrino Shah Nawaz Haque, e se encontraram com Francisco na Praça São Pedro, logo após a audiência geral de quarta-feira, 25.
“Meu irmão – revela Mike Haines – era animado com o seu trabalho de agente humanitário: ajudava quem quer que precisasse sem olhar raça ou religião. Militar, optou pelo serviço de voluntariado integral depois de estar nos Bálcãs. Já tinha passado pelo Líbano e Sudão do Sul, e decidiu partir para a Síria (deixando esposa e dois filhos na Inglaterra), com alegria e a única perspectiva de estar ao lado dos mais pobres”.
Este mesmo espírito animava Alan Henning, garante a esposa. “Somos nós que devemos impedir que a violência de poucos impeça a unidade entre os povos de diferentes religiões”, declarou à Ansa.
Ao Papa, ambos reiteraram seu compromisso na promoção de gestos de caridade para abater o ódio: “Os assassinos do EI não nos farão deixar de acreditar naquilo que levou nossos parentes à morte: servir quem mais precisa”.