Conselho para os Leigos

Papel dos cristãos na vida política será debatido no Vaticano

A XXIV Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, com o tema "Testemunhas de Cristo na comunidade política", acontece de 20 a 22 de maio, em Roma.

Em comunicado, o Conselho assinala que "Bento XVI manifestou em diversas ocasiões a necessidade e a urgência de um compromisso renovado dos católicos na vida política" como um dos pontos fundamentais da agenda eclesial.

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.: Comunicado do Conselho para os Leigos sobre a Assembleia Plenária

Após a inauguração dos trabalhos pelo presidente do dicastério, o Cardeal Stanisław Ryłko, estão previstas três conferências: "Política e democracia hoje: status quaestionis", sob responsabilidade do reitor da Universidade Católica do Sagrado Coração (Milão), Lorenzo Ornaghi;  "Igreja e comunidade política: alguns pontos chave", a cargo do presidente do Projeto Cultural da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Camillo Ruini; e, por último, "A responsabilidade dos fiéis leigos na política", pelo presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Arcebispo Rino Fisichella.

Também estão previstas duas colocações: "Que nos dizem hoje as grandes figuras de cristãos na história da política", pelo historiador e fundador da Comunidade de San Egidio, Andrea Riccardi; e "Os critérios e modalidades para a formação dos fiéis leigos na política", dirigida pelo subsecretário do Pontificio Conselho para os Leigos, professor Guzmán Carriquiry.

Na sexta-feira, 21, o Papa receberá em audiência aos participantes na Plenária. Na tarde de sábado, 22, intervirá o secretário do dicastério, Dom Josef Clemens, que tratará dos programas do Pontifício Conselho no futuro e fará um balanço do realizado até agora.

Retrospecto
    
Às fortes exortações expressas na inauguração dos trabalhos da V Conferência do Episcopado Latinoamericano em Aparecida, no mês de maio de 2007 – onde Bento XVI declarou que "convirá superar a notável ausência, no âmbito politico, das comunicações e da universidade, de vozes e de iniciativas de líderes católicos de forte personalidade e de dedicação generosa, que sejam coerentes com as próprias convicções éticas e religiosas" – seguem as palavras pronunciadas durante a visita pastoral a Cagliarii, em setembro de 2008. Naquela ocasião, o Santo Padre pediu aos fiéis a evangelizar, entre os vários ambientes, o mundo da política "que necessita de uma nova geração de leigos cristãos empenhados".

O Papa voltou ao tema no seu discurso aos participantes da Assembleia Plenária do Conselho em 15 de novembro de 2008, confiando ao dicastério a tarefa de "seguir com diligente cuidado pastoral a formação (…) de uma nova geração de católicos empenhados na política, que sejam coerentes com a fé professada, que tenham rigor moral, capacitdade de juízo cultural, competência professional e paixão de serviço pelo bem comum".

Recentemente, em Lisboa, Bento XVI voltou-se aos bispos portugueses com este apelo: "Os tempos que vivemos exigem um novo vigor missionário dos cristãos chamados a formar um laicado maduro, identificado com a Igreja, solidário com a complexa transformação do mundo. Há necessidade de verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, sobretudo nos meios humanos onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo: políticos, intelectuais, profissionais da comunicação que professam e promovem uma proposta monocultural com menosprezo pela dimensão religiosa e contemplativa da vida".

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