window.dataLayer = window.dataLayer || []; function gtag(){dataLayer.push(arguments);} gtag('js', new Date()); gtag('config', 'G-EZJ58SP047'); window.dataLayer = window.dataLayer || []; function gtag(){dataLayer.push(arguments);} gtag('js', new Date()); gtag('config', 'G-EZJ58SP047');

Catequese

Papa relembra visita à África em Catequese

Na primeira Catequese depois de sua visita à África, o Papa Bento XVI recordou hoje, 1º, sua recente viagem apostólica, convidando os cristãos a rezarem pelas populações africanas, que lhe são muito queridas, para que possam enfrentar com coragem os grandes desafios sociais, econômicos e espirituais do nosso tempo.

O Santo Padre recordou com emoção o acolhimento caloroso que recebeu e manifestou viva gratidão aos episcopados de Angola e Camarões, os dois países visitados e a todos aqueles que estiveram envolvidos em sua visita pastoral.

Camarões

Ao recordar as etapas de sua estadia no continente africano, Bento XVI destacou que em Camarões pôde "comprovar a alma religiosa deste grande Continente, e suas profundas raízes cristãs. Aos bispos recordei a urgência da evangelização, e lhes animei a serem exemplos, a promoverem a pastoral matrimonial e familiar e o exercício da caridade para com os mais pobres. Aos sacerdotes consagrados e fiéis leigos, os convidei a serem sempre fiéis à sua vocação".

O Papa destacou o momento vivido em Yaoundé, capital de Camarões, com a entrega do documento preparatório para o Sínodo especial africano.

"Sem dúvida, um dos momentos culminantes da viagem foi a entrega do "Instrumento de trabalho" (Instrumentum laboris) da II Assembléia sinodal para a África, no dia 19 de Março, meu onomástico, dia de São José, no estádio de Yaoundé. No final da solene Celebração Eucarística em honra de São José. Isso teve lugar na coralidade do Povo de Deus, no meio de cânticos de alegria e de louvor de uma multidão em festa, como diz o Salmo (vimos realizada esta visão do Salmo).

A Assembléia Sinodal acontecerá em Roma, mas num certo sentido, já teve início no coração do continente africano, no coração da família cristã que ali vive, sofre e espera. Por isso me pareceu feliz a coincidência da publicação do “Instrumentum laboris” com a festa de S. José, que é modelo de fé e de esperança, como o primeiro patriarca Abraão. A fé no Deus próximo, que em Jesus nos mostrou o seu rosto de amor, é a garantia de uma esperança fiável para a África e para o mundo inteiro, garantia de um futuro de reconciliação, de justiça e de paz.

Após a solene Assembléia Litúrgica, a festiva apresentação do Documento de Trabalho, pude-me deter, na Nunciatura Apostólica de Yaoundé, com os membros do Conselho especial para a África do Sínodo dos Bispos, vivendo com eles um momento de intensa comunhão. Conjuntamente refletimos sobre a história da África, numa perspectiva teológica e pastoral. Era quase como uma primeira reunião do próprio Sínodo, um debate fraterno entre os diversos episcopados e eu próprio, sobre as perspectivas do Sínodo – da reconciliação e da paz em África.

De fato, o cristianismo – e isto podia-se ver – lançou profundas raízes no solo africano, como atestam os numerosos mártires, santos, pastores, doutores, catequistas…"

Angola
 
"Segunda etapa e segunda parte da minha viagem foi a Angola, país esse também, sobre certos aspectos, emblemático. Saído, de fato, de uma longa guerra interna, está agora empenhado na obra da reconciliação e da reconstrução nacional. Mas como poderiam ser autênticas esta reconciliação e esta reconstrução se tivessem lugar em detrimento dos mais pobres, que têm direito, como todos, a participar nos recursos da sua terra? Por isso é que, com esta minha visita, o primeiro objetivo foi obviamente o de confirmar na fé a Igreja, (mas) quis também encorajar o processo social em curso.

Na Angola, na verdade toca-se com a mão o que diversas vezes os meus venerados predecessores repetiram: 'Tudo se perde com a guerra, tudo pode renascer com a paz!' Mas para reconstruir uma nação, são necessárias grandes energias morais. E aqui, uma vez mais, se revela importante o papel da Igreja, chamada a desempenhar uma função educativa, trabalhando em profundidade para renovar e formar as consciências.

O padroeiro da cidade de Luanda, capital de Angola, é São Paulo. Por isso escolhi celebrar a Eucaristia com os sacerdotes, seminaristas, religiosos, catequistas e outros agentes pastorais, sábado 21 de Março, na Igreja dedicada ao Apóstolo.

Uma vez mais a experiência pessoal de São Paulo nos falou do encontro com Cristo Ressuscitado, capaz de transformar as pessoas e a sociedade. Mudam os contextos históricos, e naturalmente há que tê-lo em conta, mas Cristo permanece a verdadeira força de renovamento radical do homem e da comunidade humana. Por isso, voltar a Deus, converter-se a Cristo, significa avançar para a plenitude da vida".

Para manifestar a proximidade da Igreja nos esforços de reconstrução de Angola e de tantas regiões africanas, em Luanda, prosseguiu o Papa, "quis dedicar dois encontros especiais respectivamente aos jovens e às mulheres. Com os jovens, no estádio, foi uma festa de alegria e de esperança, infelizmente entristecida com a morte de duas jovens".

A África é um continente muito jovem, mas muitos dos seus filhos, crianças e adolescentes já sofreram feridas graves que somente Jesus Cristo pode sarar, o Crucificado – Ressuscitado, pode sarar infundindo neles, com o Seu Espírito, a força de amar e de se empenhar a favor da justiça e da paz.

Encontro com as mulheres

No encontro com os Movimentos Católicos para a Promoção da Mulher, o Santo Padre destaca ter prestado homenagem pelo serviço que tantas delas oferecem à fé, à dignidade humana, à vida, à família. Reafirmei o seu pleno direito de empenhar-se na vida publica, contudo sem que seja mortificado o seu papel na família, uma missão que é fundamental e deve ser sempre desenvolvida em partilha responsável com todos os outros elementos da sociedade e sobretudo com os maridos e pais.

Eis portanto a mensagem que deixei às novas gerações e ao mundo feminino estendendo-a depois a todos na grande Celebração Eucarística no Domingo, 22 de Março, concelebrada com os Bispos dos Países da África Austral, com a participação de um milhão de fiéis.

Se os povos africanos, como o antigo Israel, disse-lhes, acrescentou Bento XVI, fundam a sua esperança na Palavra de Deus, ricos do seu patrimônio religioso e cultural, podem realmente construir um futuro de reconciliação, e de pacificação estável para todos.

Conteúdo acessível também pelo iPhone – iphone.cancaonova.com

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo