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O Papa Bento XVI considera que a Igreja Católica tem atualmente o desafio de fazer que os políticos católicos tomem consciência de sua identidade cristã.
Foi um dos temas que o pontífice discutiu esse sábado ao receber em audiência o terceiro grupo de bispos poloneses que concluíam sua qüinqüenal visita ‘ad limina apostolorum’ ao Papa e a seus colaboradores da Cúria romana.
Recordando os ensinamentos do Concílio Vaticano II na constituição ‘Gaudium et spes’, o pontífice começou pedindo que «os que são ou podem chegar a ser capazes de exercer esta arte tão difícil e tão nobre que é a política devem preparar-se para ela e exercitá-la com esquecimento do próprio interesse».
“Lutem com integridade moral e com prudência contra a injustiça e a opressão contra a intolerância e o absolutismo de um só homem ou de um só partido político; consagrem-se com sinceridade e retidão, mais ainda, com caridade e fortaleza política, ao serviço de todos”, exigiu o Papa aos políticos católicos.
Para realizar esta tarefa, seguiu explicando em seu discurso, “os políticos cristãos não podem ficar sem a ajuda da Igreja”.
“Trata-se, de maneira particular, de ajudá-los a tomar consciência de sua identidade cristã e dos valores morais universais que se fundamentam na natureza do homem, de maneira que, em virtude de uma reta consciência, se comprometem à aplicá-los aos ordenamentos civis, de face à edificação de uma convivência que respeite o homem em todas suas dimensões”.
Segundo o Papa, não se pode esquecer nunca que “é de suma importância, sobretudo ali onde existe uma sociedade pluralista, ter um reto conceito das relações entre a comunidade política e a Igreja e distinguir retamente entre a ação que os cristãos, de forma isolada ou associada, levam a cabo a título pessoal, como cidadãos de acordo com sua consciência cristã, e a ação que realizam, em nome da Igreja, em comunhão com seus pastores”.
