Segundo o Papa, Jesus mostra uma especial predileção por aqueles que estão feridos no corpo e no espírito
Da redação, com Rádio Vaticano
No Angelus deste domingo, 8, o Papa Francisco comentou o Evangelho do dia, em que Jesus cura inúmeros doentes. Segundo o Pontífice, este ato de Jesus convida a refletir sobre o sentido e o valor da doença.
“Pregar e curar: esta é a atividade principal de Jesus na sua vida pública. Com a pregação, Ele anuncia o Reino de Deus; com as curas, demonstra que o Reino está próximo”, disse o Papa.
De acordo com o Evangelho, ao entrar na casa de Simão Pedro, Jesus vê que a sua sogra estava na cama com febre; logo a toma pela mão, a cura e a faz levantar-se. Depois do pôr do sol – quando concluído o sábado as pessoas podem sair e levar-lhes os doentes – reúne-se uma multidão de pessoas com todo tipo de doenças: físicas, psíquicas e espirituais.
“Vindo sobre a terra para anunciar e realizar a salvação de todo o homem e de todos os homens, Jesus mostra uma especial predileção por aqueles que estão feridos no corpo e no espírito: os pobres, os pecadores, os endemoniados, os doentes e os marginalizados. Ele assim se revela médico seja das almas, seja dos corpos, bom Samaritano do homem”, explicou o Santo Padre.
Francisco afirmou ainda que a Igreja sempre considerou a assistência aos doentes parte integrante da sua missão, uma via privilegiada para encontrar Cristo, para acolhê-lo e servi-lo. “Curar um doente, acolhê-lo, servi-lo, é servir Cristo: o doente é a carne de Cristo”, ressaltou.
Apesar dos avanços da ciência, constatou o Papa, o sofrimento interior e físico das pessoas suscita fortes interrogações sobre o sentido da doença e da dor e do porquê da morte.
“Trata-se de perguntas existenciais, às quais a ação pastoral da Igreja deve responder à luz da fé. Portanto, cada um de nós é chamado a levar a luz do Evangelho aos que sofrem e aos os assistem, parentes, médicos e enfermeiros, para que o serviço ao doente seja realizado sempre mais com humanidade, com dedicação generosa, com amor evangélico. A Igreja mãe, através das nossas mãos, acaricia os nossos sofrimentos e cura as nossas feridas, e o faz com a ternura de mãe”.
Francisco também lembrou do Dia Mundial do Enfermo, na próxima quarta-feira, 11 de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes. “Abençoo as iniciativas preparadas para este Dia, em especial a vigília que terá lugar em Roma, na noite de 10 de fevereiro”. E pediu orações também para o idealizador desta iniciativa, o Arcebispo polonês Zygmunt Zimowski, que está “muito doente” na Polônia.
Ao concluir, o Papa rezou a Maria, “Saúde dos doentes”, que cada pessoa na doença possa experimentar, “graças à solicitude de quem lhe está próximo, a potência do amor de Deus”.