O papa chegou à Praça São Pedro saudando os fiéis com uma vestimenta parecida com a do Papai Noel. Para se manter aquecido contra o frio que faz no Vaticano, o pontífice vestiu um tradicional gorro conhecido como camauro. O gorro era geralmente usado por papas no período medieval, mas raramente foi usado nos tempos modernos.
Na audiência geral desta quarta-feira, já com seu solideo branco, o Pontífice lançou novas críticas à “cultura consumista” dos nossos dias, que tende a esquecer “o valor das celebrações natalícias”, em especial os seus símbolos cristãos.
Numa catequese especial, dedicada à “luz do Natal”, o Papa falou aos peregrinos presentes na audiência geral do “mistério de Natal” e dos muitos símbolos que ajudam os fiéis a compreendê-lo.
“Enquanto uma certa cultura moderna e consumista tende a fazer desaparecer os símbolos cristãos da celebração do Natal, espero que seja compromisso de todos acolher os valores das tradições natalícias, que fazem parte do patrimônio da nossa fé e da nossa cultura, para transmiti-las às novas gerações”, alentou.
Saborear a Alegria do Nascimento de Jesus!
O Santo Padre exortou os fiéis a “predisporem o coração para saborear a alegria do nascimento do Redentor”, “reconhecendo-O no humilde Menino que está na manjedoura”. Nesta reflexão, em várias línguas, não faltaram referências à atmosfera pré-natalícia, com ruas e praças adornadas e iluminadas, “que lembram uma outra luz, invisível aos olhos, mas não ao coração”.
“Ao mesmo tempo que acendemos nas igrejas as velas ou a iluminação do presépio e da árvore de Natal nas nossas casas, que o nosso coração se abra para a luz espiritual dirigida a todos os homens de boa vontade”, disse o Papa. Esta é uma luz que “vence o mal, que supera o ódio e afasta a morte.
O Natal faz-nos pensar nesta luz interior, esta luz divina, que volta a propor-nos o anúncio da vitória definitiva do amor de Deus sobre o pecado e a morte”. Ao despedir-se dos peregrinos reunidos no Vaticano, o Papa deixou “os mais cordiais votos de um santo e feliz Natal”, convidando os fiéis a “viver intensamente estes últimos dias, que precedem o Natal, ao lado de Maria, a Virgem do silêncio e da escuta”.