Santa Sé esclarece polêmica que atribuiu benção do Papa à teoria de gênero; benção foi para uma pessoa que escreve livros a respeito, não para as publicações
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
A benção do Papa Francisco era para a pessoa, não para a teoria do gênero, sobre a qual a doutrina da Igreja não mudou. Assim a sala de imprensa da Santa Sé esclarece, em nota publicada nesta sexta-feira, 28, a polêmica em torno da carta enviada pela Secretaria de Estado a Francesca Pardi, autora de livros para a infância que fala a crianças que vivem em vários ambientes familiares, hetero ou homossexuais.
Francesca enviou uma carta ao Papa Francisco e esta carta foi respondida pela Secretaria de Estado, “com estilo simples e pastoral” e “tons educados e respeitosos” e com a indicação de que se tratava de uma resposta privada, não destinada à publicação, o que acabou acontecendo. Como resultado, muitos jornais deram a manchete: “o Papa abençoa os livros sobre gênero”.
“De modo algum a carta da Secretaria de Estado pretende avaliar comportamentos e ensinamentos não consoantes ao Evangelho, antes, deseja ‘uma sempre mais profícua atividade a serviço das jovens gerações e da difusão dos autênticos valores humanos e cristãos’. A benção do Papa no encerramento da carta é à pessoa e não a eventuais ensinamentos não alinhados com a doutrina da Igreja sobre teoria de gênero”, declarou o vice-diretor da sala de imprensa vaticana, padre Ciro Benedittini.
O sacerdote conclui a declaração de esclarecimento dizendo que é totalmente fora de contexto uma instrumentalização do conteúdo da carta.
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