Francisco expressou sua “profunda dor por uma tragédia como esta” e assegurou aos desaparecidos e às suas famílias sua oração
Da redação, com Rádio Vaticano
A oração do Regina Coeli deste domingo, 19, foi fortemente caracterizada pela expressão de tristeza do Pontífice ao mencionar o naufrágio ocorrido no Mar Mediterrâneo na noite de sábado, 18.
Francisco fez um novo apelo à comunidade internacional para que “atue com decisão e prontidão” e evite mais tragédias como esta, em que cerca de 700 pessoas desapareceram quando o barco em que viajavam rumo à Itália virou, em águas líbicas.
“Os imigrantes mortos eram homens e mulheres como nós, irmãos que buscam uma vida melhor; famintos, perseguidos, feridos, explorados, vítimas de guerras, pessoas que almejavam a felicidade”, recordou o Papa.
Francisco expressou sua “profunda dor por uma tragédia como esta” e assegurou aos desaparecidos e às suas famílias sua oração.
De acordo com os primeiros boletins da Guarda Costeira, apenas 28 pessoas tinham sido resgatadas até o início da manhã deste domingo, 19. Segundo relatos dos sobreviventes, o barco virou quando os passageiros tentaram chamar a atenção de um navio mercante português para serem resgatados. Na maioria das travessias, imigrantes são amontoados por traficantes de pessoas em embarcações em estado precário.
Mais de mil imigrantes mortos em 2015
Quarta-feira, 400 se afogaram num incidente semelhante, perto da costa da Líbia, país que por sua proximidade geográfica com a Itália é um dos principais pontos de partida de embarcações com imigrantes em busca de asilo. A maioria dos imigrantes vem de países africanos e de regiões de conflito no Oriente Médio, como a Síria.
Números divulgados pelas Nações Unidas indicam que em menos de uma semana, mais de 10 mil imigrantes desembarcaram na costa italiana, a maioria na ilha da Sicília. E pelo menos mil já morreram em incidentes este ano, um número 20 vezes maior que nos primeiros quatro meses de 2014.
O Papa Francisco fez sábado, 18, em encontro com o Presidente da República italiana, Sergio Mattarella, um chamado à comunidade internacional para um “envolvimento mais amplo neste drama”.