Após a Santa Missa, o Papa Francisco rezou o Regina Coeli, que foi inspirado na liturgia deste Domingo da Misericórdia
Da redação, com Rádio Vaticano
Após a Missa deste domingo, 12, o Papa Francisco assomou à janela do apartamento Pontifício para rezar, com os milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro, a oração mariana do Regina Coeli.
Inspirado na liturgia deste Domingo da Misericórdia, o Santo Padre falou do mistério pascal manifestado em plenitude na amabilidade de Jesus, que indo de encontro à incredulidade de Tomé, mostra-lhe suas chagas, sinais de sua paixão, para que possa chegar à plenitude da fé pascal.
“Tomé é alguém que não se contenta e busca, pretende verificar pessoalmente, ter uma experiência pessoal própria. Após as iniciais resistências e inquietudes, por fim também ele passa a acreditar, mesmo avançando com cansaço. Jesus o espera pacientemente e se oferece às dificuldades e inseguranças do último a chegar”.
O Senhor proclama “Bem-aventurados” aqueles que acreditam sem ver e a primeira é Maria, recordou o Papa, observando que Jesus também vai ao encontro à exigência do discípulo incrédulo. “Coloque aqui o teu dedo e olha as minhas mãos”.
“Ao contato salvífico com as chagas do Ressuscitado, Tomé manifesta as próprias feridas, as próprias lacerações, a própria humilhação. No sinal dos pregos encontra a prova decisiva de que era amado, esperado, entendido. Encontra-se diante de um Messias pleno de doçura, de misericórdia, de ternura. Era ele o Senhor que buscava nas profundidades secretas do próprio ser, pois sempre soube que era assim”.
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O Papa disse que ao ter este contato pessoal com a amabilidade e a misericordiosa paciência de Deus, Tomé compreende o significado profundo da sua ressurreição e, intimamente transformado, declara a sua fé plena e total Nele, exclamando: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Tomé pode tocar o Mistério pascal que manifesta plenamente o amor salvífico de Deus, rico em misericórdia.
Este II domingo de Páscoa, disse o Papa Francisco, convida todos a contemplar nas chagas do Ressuscitado a Divina Misericórdia, que supera todo limite humano e resplandece sobre a obscuridade do mal e do pecado.
“Um tempo intenso e prolongado para acolher as imensas riquezas do amor misericordioso de Deus. Será o próximo Jubileu Extraordinário da Misericórdia, cuja Bula de convocação promulguei na tarde de ontem na Basílica de São Pedro. “Misericordiae Vultus”, o Rosto da Misericórdia é Jesus Cristo. Tenhamos o olhar voltado para Ele. E que a Virgem Mãe nos ajude a sermos misericordiosos com os outros como Jesus é conosco”.
Após saudar os diversos grupos de peregrinos presentes na Praça, o Santo Padre dirigiu suas cordiais felicitações aos fiéis das Igrejas do Oriente que, segundo seu calendário, celebram neste domingo, 12, a Santa Páscoa e aos armênios vindos para participar da celebração na Basílica Vaticana.
O Pontífice também agradeceu e retribuiu as mensagens de Páscoa chegadas de todo o mundo nas últimas semanas, manifestando a todos afeto e proximidade, reiterando seu pedido de que continuem a rezar por ele.