A vice-presidente da Comissão Europeia e o responsável pelo ACNUR comentam contribuição da Santa Sé em evidenciar temas sociais
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Papa Francisco tem papel chave em dar visibilidade a pobreza. A afirmação é dos membros da Comissão Europeia (CE) e da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Para a vice-presidente da CE, Kristalina Georgieva, a melhor contribuição que a Santa Sé realiza é conseguir que estas situações sejam visíveis.
“O Papa, em sua viagem à República Centro-africana, atraiu a atenção global para o sofrimento do povo nas áreas de conflito”, recordou Georgieva numa coletiva de imprensa no Vaticano. Ela disse que a Igreja ajuda para que estas situações tenham maior impacto. “A melhor mensagem é a empatia, a solidariedade e a amabilidade”, declarou.
Na mesma linha, o responsável pela ACNUR, o italiano Filippo Grandi, destacou que em sua viagem à ilha de Lampedusa (sul da Itália) o Papa enviou uma “mensagem poderosa”, focalizando a atenção do mundo no problema da imigração.
O Secretário da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, arcebispo argentino Marcelo Sánchez Sorondo, também participou da coletiva. Ele apontou que “o principal trabalho da Santa Sé é convencer os ricos que ‘para salvarem suas almas’ têm que ajudar com seu dinheiro”.
Para Georgieva, além do papel desempenhado pelo Vaticano em dar visibilidade às crises mundiais, é necessária uma mobilização da comunidade internacional para frear a pobreza, a fim de que os números não aumentem cada vez mais.
Segundo a vice-presidente da CE, mais atenção política e maiores recursos econômicos são necessários. “Se não ajudarmos as crianças refugiadas a entrar nas escolas e os refugiados adultos a trabalhar e atuarmos agora, poderemos evitar que a miséria e a pobreza cresçam ainda mais”.