Francisco realizou, na manhã desta quinta-feira, 22, o tradicional encontro para as felicitações de Natal com os funcionários do Vaticano
Da redação, com Vatican News
Após o encontro com a Cúria Romana, na manhã desta quinta-feira, 22, o Papa Francisco foi à Sala Paulo VI para o tradicional encontro de Natal com os funcionários da Santa Sé e do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano.
O Santo Padre iniciou seu discurso falando de agradecimento a Deus pela superação, com a ajuda dos funcionários, da fase crítica da pandemia. “Não esqueçamos!”, destacou Francisco recordando a importância do agradecimento.
Serenidade
Em seguida, o Pontífice falou da pandemia e disse que aquele período “não deixou apenas consequências materiais, econômicas, também marcas na vida das pessoas, nos relacionamentos, na serenidade das famílias”, afirmou.
“É por isso que hoje, acima de tudo, desejo a vocês serenidade: serenidade para cada um de vocês e para suas famílias”, reforçou.
Logo em seguida, advertiu: “A serenidade não significa que tudo esteja bem, que não haja problemas, que não existam dificuldades. Não é isso”. Explicando que mesmo a Sagrada Família quando chegou a Belém, teve que bater em muitas portas para passar a noite, mas “no coração de Maria e José havia uma serenidade de fundo, que vinha de Deus e da consciência de fazer a sua vontade, de buscá-la juntos, na oração e no amor recíproco”.
Ajudar os jovens a superar a tensões pela pandemia
O Santo Padre desejou serenidade em particular aos jovens, aos meninos e às meninas, “pois eles sofreram muito com o fechamento em casa, acumularam muita tensão”. É normal disse o Papa:
“Não se deve fingir que não aconteceu nada, deve-se refletir, tentar entender, porque sair melhor de uma crise não acontece por magia, deve-se trabalhar sobre si mesmo, com calma, pacientemente”.
Segundo o Pontífice, é importante que os jovens estejam conscientes de que as crises são fases de crescimento e requerem trabalho sobre si mesmos.
Testemunhas e construtores de paz
O segundo desejo de Francisco aos funcionários neste Natal é que se tornem “testemunhas e construtores de paz”. “E isto tem um significado especial para nós que vivemos e trabalhamos na Cidade do Vaticano”, disse o Papa, explicando em seguida, “não porque este pequeno Estado, o menor do mundo, tenha qualquer peso especial, não por causa disso, mas porque temos como Chefe e Mestre o Senhor Jesus Cristo, que nos chama a unir nosso humilde compromisso diário com sua obra de reconciliação e paz”.
O Santo Padre exemplificou onde ser testemunhas e construtores de paz ao afirmar: “Partindo do ambiente em que vivemos, das nossas relações com nossos colegas, de como lidamos com as incompreensões e os conflitos que podem surgir no trabalho”. E ilustrando mais este ponto o Papa sugere evitar de falar mal dos outros “falar pelas costas”.
“Se houver algo errado, vamos falar sobre isso diretamente com a pessoa interessada, com respeito e franqueza. Não vamos fingir que não aconteceu nada e depois falar mal dele ou dela para outras pessoas. Sejamos honestos e sinceros”.
Por fim, o Papa agradeceu, mais uma vez, a todos os funcionários destacando: “Agradeço pelo seu trabalho e também por sua paciência, porque sei que há situações em que vocês têm que ser pacientes: obrigado por isso. Todos nós temos que ir adiante com paciência, com alegria, agradecendo ao Senhor que nos dá esta graça do trabalho, mas mantendo o trabalho e também fazendo-o com dignidade”.