O Papa Bento XVI recebeu esta manhã, 25, os participantes da segunda sessão anual da Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO).
Esta é a 81ª Sessão; teve início terça-feira e se conclui hoje, com a audiência com Bento XVI. O encontro se centrou na situação dos cristãos na Terra Santa e na Bulgária, em particular na viagem apostólica realizada pelo Papa à Jordânia, Israel e Territórios Palestinos.
As primeiras palavras do Pontífice foram de agradecimento ao Cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, e ao trabalho da ROACO em favor das comunidades orientais e latinas, onde os "filhos do Oriente Católico, com seus pastores, estão se esforçando em construir uma convivência pacífica ao lado dos fiéis de outras confissões cristãs e de diversas religiões".
Evocando o martírio de São Paulo Apóstolo, testemunho privilegiado do mistério do amor de Deus, Bento XVI ressaltou o valor cristão da caridade, fonte fecunda de todo o serviço da Igreja; sua medida, seu método e sua verificação. O Papa louvou também o trabalho da Congregação ao supervisionar para que a Terra Santa e as outras regiões orientais recebam o sustento espiritual e material necessário para a vida eclesial cotidiana e suas necessidades particulares.
Bento XVI disse ao grupo que a reunião de hoje o faz reviver a alegria de sua recente peregrinação à Terra Santa: momentos de graça, quando encorajou as comunidades católicas e lhes ofereceu conforto, convidando seus membros a perseverarem em seu testemunho de fidelidade e celebração, mesmo em meio ao sofrimento. Lembrou também ter ressaltado aos cristãos da região sua responsabilidade ecumênica, em consonância com o espírito do Concílio Vaticano II.
"Renovo minha oração e meu apelo por “não mais violência, não mais injustiça. Asseguro-lhes que a Igreja permanece ao lado de todos os nossos irmãos e irmãs que vivem na Terra Santa. Esta preocupação se reflete, de modo especial, na anual Coleta para a Terra Santa".
Em seguida, falando em alemão, o Papa se adentrou no tema da crise econômica global, e incentivou os membros desta Obra de ajudas a identificar suas prioridades com análise e sobriedade, dentro do espírito de fé. Bento XVI apontou estes fatores como caminhos para solucionar problemas como a situação dos refugiados e migrantes, particularmente atuais para as Igrejas Orientais. O Pontífice citou a reconstrução da Faixa de Gaza e a legítima preocupação de Israel em relação a sua segurança. “O amor, como serviço, é uma solução eficaz e segura para investir no presente e no futuro” – acrescentou.
Enfim, Bento XVI destacou a importância de sustentar os seminários, e a atenção aos presbíteros, a quem dedica suas orações, especialmente neste Ano Sacerdotal.
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