“Claro que com mais conectividade, o vírus tem mais chance de se espalhar”, lembrou Tedros Adhanom, chefe da OMS
Da redação, com Reuters
Em uma entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, 21, em Genebra, sede da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, chefe da entidade sanitária, disse que a pandemia pode durar menos de dois anos.
A gripe espanhola, que atingiu o mundo em 1918, levou dois anos para ser contida, disse Adhanom. “Claro que com mais conectividade, o vírus tem mais chances de se espalhar, pode se mover rápido”, advertiu o especialista da OMS. “Ao mesmo tempo, porém, temos a tecnologia e o conhecimento para impedir isso”, reiterou.
A situação em outros países
No México, a escala pandêmica causada pelo novo coronavírus é “sub-representada” e “sub-reconhecida” e os testes são limitados, afirmou o chefe do programa de emergências da OMS, Mike Ryan.
De acordo com Ryan, os testes no México funcionam em cerca de três pessoas por 100 mil habitantes, em comparação com cerca de 150 testes por 100 mil pessoas nos Estados Unidos.
Acerca da transmissão entre crianças, a epidemiologista da OMS, Maria Van Kerkhove, os dados permanecem limitados, mas estudos preliminares mostram que “parece haver uma diferença na transmissão por faixa etária, com as crianças mais novas sendo capazes de transmitir menos do que os adolescentes”.
Mais de 22,78 milhões de pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo e 792.837 morreram, de acordo com dados da Reuters. No Brasil, segundo o último levantamento do Ministério da Saúde, são 1.054 mortes por conta da pandemia e outras 30.355 pessoas infectadas.