Todos os países da ONU adotam a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável
Da redação, com Agência Brasil
Os 193 Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) adotaram formalmente nessa sexta-feira, 25, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável composta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS substituem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), vigentes até o fim deste ano.
“A nova agenda é uma promessa dos líderes para a sociedade mundial. É uma agenda para acabar com a pobreza em todas as suas formas, uma agenda para o planeta”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no discurso de abertura da Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será encerrada domingo, 27.
O discurso do secretário da ONU precedeu a adoção formal do documento Transformando Nosso Mundo, composto por 17 objetivos e 169 metas para países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Os ODS são uma continuidade dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, agenda acordada em 2000 pelos países-membros da ONU para combater a pobreza. O processo de construção dos ODS começou com a Conferência Rio+20 e teve participação de 193 países. Entre as propostas estão erradicar a fome e a pobreza, promover a agricultura sustentável, saúde, educação e igualdade de gênero, além de garantir a todos o acesso à água, ao saneamento e à energia sustentável, o crescimento econômico, emprego, a industrialização, cidades sustentáveis e a redução da desigualdade.
A negociação da nova agenda é considerada inovadora no âmbito da ONU, porque, diferentemente dos ODM, os ODS foram elaborados com participação direta dos estados-membros e da sociedade civil e nasceram a partir de amplas consultas no mundo.
Ban disse que, para alcançar os novos objetivos globais, será necessário compromisso político de alto nível.
“Esta agenda reflete a urgência de uma ação pelo clima. Está baseada na igualdade de gênero e no respeito ao direito de todos. Devemos engajar todos os atores, como fizemos na construção da agenda. Devemos engajar parlamentares e governos locais, empresários e a sociedade civil, ouvir cientistas e a academia”.