Padre Frans Van der Lugt estava sendo ameaçado por grupos extremistas islâmicos após recusar deixar a cidade
Da Redação, com Rádio Vaticano
Foi assassinado, nesta segunda-feira, 7, em Homs, na Síria, o sacerdote jesuíta Frans Van der Lugt. O religioso de 75 anos foi atingido por vários tiros de um grupo extremista que invadiu a casa dos jesuítas na periferia da cidade.
Padre Frans já havia sido ameaçado pelo grupo por não ter deixado a região após a expulsão de diversos civis. O sacerdote afirmou que ficaria na localidade por causa da população que recebia sua assistência.
Segundo Padre Ziad Hillal, que presenciou a morte do sacerdote, foi um ato premeditado e covarde. “Assassinaram um homem de paz, que nunca atacou ninguém, nem mesmo com as palavras. Era um homem que sempre falava de paz e reconciliação, desejando um futuro melhor para a Síria”, destacou.
O diretor da Sala Imprensa do Vaticano e religioso jesuíta, padre Federico Lombardi, lamentou a morte do sacerdote alemão. “Morreu como um homem de paz, que, com grande coragem, queria permanecer fiel em uma situação extremamente difícil, arriscando a vida pelo povo sírio, a quem tinha consagrado a vida e seu serviço espiritual”, ressaltou.
Padre Frans Van der Lugt era de origem alemã e estava em Homs há dois anos. Segundo os irmãos de congregação, era um homem dedicado ao serviço pastoral, sempre sorridente e jamais pensou em deixar a Síria, mesmo com as ameaças.