O Padre italiano sequestrado no dia 10 de junho no sudeste das Filipinas, Giancarlo Bossi, foi libertado após 40 dias de cativeiro, conforme anunciou ontem a noite o premier da Itália, Romano Prodi.
Segundo o chefe da polícia de Mindanao, não foi pago qualquer resgate pela sua libertação.
Padre Bossi, declarou Jaime Caringal, foi libertado na província de Lanao do norte, e transferido para uma esquadra da polícia, em Zamboanga, onde foi submetido a exames médicos. Segundo referiu aos jornalistas aquele chefe policial, a virada nas negociações ocorreu há uma semana, quando os raptores, no dia 13 de Julho, enviaram a um jornal local, uma foto do religioso.
A libertação teve lugar a uns 10 Km da localidade onde o Padre Bossi desenvolve habitualmente a sua atividade, referiu à agência missionária MISNA o Padre Luciano Benedetti.
É “uma grandíssima alegria”, esta foi a reação do Santo Padre, segundo declarou aos jornalistas, em Roma, o porta-voz da Santa Sé, Padre Federico Lombardi. A libertação do Padre Bossi, explicou o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, “é motivo de grandíssima alegria para toda a Igreja e também para o Santo Padre”.
Pouco antes de partir para o atual período de férias nos Alpes, Bento XVI declarara rezar todos os dias pelo religioso seqüestrado nas Filipinas.
“Parece-nos, declarou Padre Lombardi, que Padre Bossi poderá agora retomar com serenidade a sua atividade missionária e que não se repitam mais seqüestros ou outros episódios de violência”.
Padre Bossi, que perdeu cerca de cinco quilos durante o seqüestro, declarou ter sido bem tratado pelos seqüestradores e que nunca temeu por sua vida e anunciou hoje, 20, que deseja voltar a exercer o sacerdócio em Payao, a paróquia da ilha de Mindanao onde foi seqüestrado.
“Minha intenção é voltar, mas não acho que meus superiores vão permitir. Payao é especial para mim. Minha casa é ali, com o povo de Payao, portanto espero voltar”, disse Padre Bossi à rádio filipina”.