Padre da Comunidade Canção Nova fala sobre a importância dos cuidados com os pobres, os prófugos, os marginalizados e refugiados
Monique Coutinho
Da redação
Todos os meses o Papa Francisco divulga sua intenção de oração que é sempre voltada para dificuldades da humanidade. Para fevereiro, o Pontífice atentou-se para a realidade daqueles que vivem em provação, sobretudo os pobres, os prófugos, os marginalizados e refugiados.
Padre Sóstenes da Comunidade Canção Nova
Por diversas vezes o Papa chamou atenção para este tema, e agora apela às comunidades para que cuidem dos mais necessitados. Francisco pede: “não os abandonem”.
De acordo com o Padre Sóstenes Vieira da Comunidade Canção Nova, a menção do Papa Francisco é matriz de todo o proceder da Igreja.
“Não os abandonem na oração, na vida, na teoria, porque as ideias movem também o mundo, nas faculdades, nos livros, nas revistas. Não os abandonem na arte, no amor, na prática, e em nenhum momento porque Jesus disse: ‘todas as vezes que fizerdes o mínimo, seja um copo d’água, uma roupa, um alimento, a qualquer um desses pequeninos, é a mim que estas fazendo’”, afirma.
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Em uma de suas homilias, o Pontífice comenta sobre o poder da oração, afirmando que ela é a “arma mais forte que temos”. Com isso, o sacerdote observa que é papel do cristão orar pelos necessitados, pois esta atitude auxilia pessoas a unir-se também a Ele.
“Orar é muito importante porque muitas vezes as pessoas param nas coisas externas e acabam esquecendo que o ser humano é muito mais do que se vê, ele tem uma alma, ele é um filho de Deus e ele precisa realmente da força da oração, pois o combate e a dificuldade que vivemos nesse mundo não são só coisas materiais mas espirituais, por isso a oração é fundamental na luta pela paz”, acrescenta.
No vídeo divulgado pelo Vaticano na última quinta-feira, 2, o Santo Padre menciona os pobres e milhares de pessoas que são esquecidas, sem trabalho, sem horizonte e sem saída. Então, o padre Sóstenes acrescenta dizendo que no mundo atual é ensinado que o mal se paga com o mal, a violência é vencida com a violência e a guerra deixa de existir fazendo guerra, mas que Jesus propõe outros caminhos e respostas.
“Ele nos ensina a perdoar quem nos ofendeu. Ele nos propõe a oferecer a outra face para aquele que nos feriu. De modo que a missão da Igreja, que é a missão de Jesus continuada na história, é propor não só aos pequenos, mas para os grandes da sociedade a ter esse evangelho da vida, da justiça, do amor e da misericórdia como referência para todas as decisões”, diz.
Para padre Sóstenes, o medo é a raiz de tantos males e isso impede o ser humano de amar e acolher o outro. “Esse medo gera um preconceito. Nós acabamos parando muitas vezes nos rótulos que são colocados nas pessoas, mas as pessoas são muito mais que coisas, muito mais que rótulos. É preciso vencer o medo de aproximar, conversar, acolher e amar”.
Ao concluir, o sacerdote indica a busca por Deus através da oração para obter forças suficientes para superar os obstáculos.
“Existem certas dores que somente Deus é a resposta. Existem fraquezas que somente Deus é a força. Existem fomes que somente Deus é o alimento. Existem desabrigos que só Deus pode ser a casa, a morada.”
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