Terremoto de 4 graus na escala Richter atingiu ilha de Ísquia, próximo a Nápoles; duas pessoas morreram e mais de 2 mil estão desabrigadas
Da Redação, com Rádio Vaticano (com agências)
Duas mulheres mortas, 39 feridos, 2.600 desabrigados e duas crianças ainda soterradas. Este é o balanço do terremoto que sacudiu a Ilha italiana de Ísquia, próxima à Nápoles, na noite desta segunda-feira, 21 de agosto.
A população na ilha no momento do abalo era de cerca 26 mil pessoas, muitos turistas, que começaram a abandonar o local. Somente durante a noite, graças ao trabalho da Capitania dos Portos, 1.051 pessoas deixaram a ilha.
Às 4 da manhã, os bombeiros conseguiram retirar dos escombros, em boas condições, um bebê de apenas sete meses, o filho menor de uma família que ficou sob os destroços de um prédio de três andares. A mãe e o pai já haviam sido retirados em boas condições.
Sacerdote brasileiro
O padre brasileiro Antonio Marcello Todeschini, residente na ilha, enviou, por e-mail, à Rádio Vaticano, um relato do ocorrido. Confira a seguir:
“Depois de celebrar a Missa em Lacco Ameno, voltava para casa e aconteceu uma explosão, um tremor de terra rápido (2 segundos), escuridão total, dava a impressão de que o solo ia nos engolir, e as pedras dos muros desabar sobre nós, corremos para nos proteger próximo ao mar. Isto durou alguns segundos que pareciam uma eternidade.
Tomamos o caminho de volta, rezando, a população estava toda nas ruas, falavam o tempo inteiro, todos ao mesmo tempo. Voltou a luz, respiramos mais à vontade. As primeiras notícias, algumas casas, uma Igreja haviam desabado. Duas vítimas. A notícia é que há 2 crianças ainda soterradas, mas que já se tem contato e estão sendo tranquilizadas pelos pais. Um grande multidão de turistas abandona a ilha.
Agora está tudo mais tranquilo, ainda se ouve os helicópteros sobrevoando, as sirenas soando a cada instante, mas é a operação habitual nestas emergências”.
O sismólogo Enzo Boschi não exclui um novo abalo sísmico. “A prática nos ensina que na Itália os abalos costumam ocorrer em dois”, explicou, advertindo que se deveria esperar ao menos 15 dias, se não um mês, para possíveis réplicas.
Em 1983 um terremoto no mesmo local havia provocado 2.300 mortos.