O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, comenta as recentes notícias do Oriente Médio, após ataques de Israel e do Irã
Da redação, com Vatican News
Há uma grande preocupação com a situação no Oriente Médio, mas o Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, respira aliviado ao ver que, pelo menos até agora, após os ataques recíprocos entre Irã e Israel, o conflito não se agravou como muitos temiam.
“Vejo que todos estão trabalhando para garantir que isso não aconteça”, disse Parolin aos repórteres reunidos às margens de uma conferência promovida pela Agidae (Associação de Gestores de Institutos Dependentes de Autoridade Religiosa), na Pontifícia Universidade Urbaniana, em Roma.
“Parece-me que até agora as coisas, no mal, têm corrido bastante bem, no sentido de que não houve o que se temia e que ambos os lados estão tentando não provocar o ampliamento do conflito”, observa o cardeal sobre as últimas notícias do Oriente Médio.
Já em relação à posição dos Estados Unidos, que reiterou seu apoio a Tel Aviv, mas não a um contra-ataque ao Irã, Parolin reiterou: “Acredito que devemos evitar tudo o que possa levar a uma ‘escalation’ e fazer com que a situação saia do controle, que ninguém saiba como controlá-la: isso acontece se não houver um compromisso por parte de todos para moderar suas posições”.
Afirmem o direito à vida
No diálogo com os repórteres, também foi mencionado o tema do aborto, em relação à proposta de incluir comitês pró-vida nos consultórios médicos. Uma proposta que está gerando muita controvérsia na Itália.
“Somos a favor da vida e também de todos os instrumentos que possam permitir a afirmação do direito à vida, especialmente para as mulheres em dificuldade”, sublinha o cardeal, explicando que não queria entrar nos aspectos técnicos da proposta.
Escolas paritárias
Por fim, um apelo para não “penalizar” as famílias que escolhem escolas paritárias para seus filhos. A esse respeito, Parolin lembra as palavras de Bento XVI, que já “definiu a educação como uma emergência do nosso tempo”.
“É a liberdade de educação e a liberdade da família de escolher o tipo de educação que quer dar a seus filhos”, diz o cardeal. “É importante”, portanto, destaca ainda, “que haja apoio às escolas paritárias, que não haja penalidades para os pais que decidirem que seus filhos frequentem essas escolas”.