A Igreja tem organizado este tipo de pré-conferências há mais de 20 anos, com o propósito de partilhar boas práticas, discutir questões éticas e teológicas
Rádio Vaticano
Tem início nesta segunda-feira, 18, a 21ª Conferência Internacional de AIDS em Durban, na África do Sul. Em preparação a este evento, organizações católicas se reuniram para debater suas ações na luta ao HIV.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o assessor especial da Caritas Internacional para HIV e saúde, Monsenhor Robert Vitillo, observa que a Igreja tem organizado este tipo de pré-conferências há mais de 20 anos, com o propósito de partilhar boas práticas, discutir questões éticas e teológicas específicas à Igreja Católica e rezar pelo trabalho das conferências globais.
Ele recorda que os debates sobre o acesso adequado ao tratamento médico, especialmente nos países em desenvolvimento, começou na conferência de 2000 em Durban, onde ativistas exigiram o fim da discriminação e da “cidadania de segunda classe” para as pessoas infectadas pelo HIV nos países mais pobres.
Organizações confessionais são primordiais
Grupos confessionais, constata Monsenhor Vitillo, continuam desempenhando um papel fundamental, fornecendo muitas vezes até 50% do tratamento médico em alguns países. Em particular, ele observa que a Igreja oferece tratamento às pessoas nas zonas rurais, onde frequentemente os programas de governo não chegam.
Ele acrescenta que os grupos confessionais oferecem programas integrais, não apenas tratando os sintomas físicos, mas também lidam com situações sociais, criando grupos de autoajuda e auxiliando viúvas e órfãos.
Crianças: uma prioridade em Durban
Em particular, Monsenhor Vitillo aponta para o papel da Igreja Católica na vanguarda de um melhor tratamento pediátrico para as crianças, recordando que a Caritas Internacional e outros grupos convidaram especialistas da ONU e de governo no Vaticano, em abril passado, para elaborar um plano de ação para lidar com as necessidades específicas das crianças.