Sororidade

Ordem das Virgens são sinal de esperança para a Igreja, diz Papa

Francisco recordou os 50 anos do Rito de Consagração da Ordem das Virgens

Da redação, com Vatican News

Mulheres de esperança, de alegria, de ternura, de misericórdia, capazes de viver o dom da “sororidade”: assim o Papa Francisco definiu as consagradas da Ordem das Virgens, cujo Rito de Consagração está completando 50 anos.

O Pontífice enviou uma mensagem para marcar esta data, para a qual estava previsto um Encontro Internacional convocado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. O evento foi adiado devido à pandemia, mas o Papa quis do mesmo modo manifestar o reconhecimento da Igreja por este carisma singular.

Riqueza inexaurível

“A vossa vocação evidencia a riqueza inexaurível e multiforme dos dons do Espírito do Ressuscitado, que renova todas as coisas (cf. Ap 21, 5). Ao mesmo tempo, é um sinal de esperança”, escreve Francisco, que assim descreve esta vocação:

“A fidelidade do Pai continua ainda hoje a colocar no coração de algumas mulheres o desejo de serem consagradas ao Senhor na virgindade, vivida no seu ambiente social e cultural comum, radicadas numa Igreja particular, numa forma de vida antiga e simultaneamente nova e moderna”.

O dom desta vocação, prossegue o Papa, manifesta-se na “sinfonia da Igreja”, que se constrói quando pode reconhecer nestas consagradas mulheres capazes de viver o dom da “sororidade”.

Profecia

Eis então o apelo de Francisco: “não extingais a profecia da vossa vocação!”. O convite do Papa neste cinquentenário é reler e meditar os textos do Rito, onde ressoa o sentido desta vocação, que não pode ser vivida alheia do ambiente em que vivem. De fato, as virgens são chamadas a estar ao lado dos pobres e descartados.

“Sede mulheres da misericórdia, peritas em humanidade”, foi outra exortação do Pontífice. Mulheres, enfim, que acreditam “na força revolucionária da ternura e do afeto”.

Sabedoria

A pandemia, prossegue o Papa, ensina-nos que “é tempo de remover as desigualdades, sanar a injustiça”, por isso, não se deve fechar os olhos nem fugir. Por meio da bondade, é preciso tecer relações autênticas, que resgatem da solidão e do anonimato os bairros de nossas cidades. É preciso sabedoria, desenvoltura e credibilidade da caridade para se opor à arrogância e evitar os abusos de poder.

Francisco, então, conclui: “Como sinal da Igreja Esposa, possais vós ser sempre mulheres da alegria, a exemplo de Maria de Nazaré, mulher do Magnificat, mãe do Evangelho vivente”.

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