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Japão

Oposição vence eleições e acaba com 50 anos de domínio político

O próximo primeiro-ministro japonês começou a formar um governo na segunda-feira, 31, sob o olhar atento de investidores que temem um excesso de gastos públicos ou um estremecimento nas relações de Tóquio com os Estados Unidos.

A vitória de domingo, 30, do Partido Democrático rompe meio século quase ininterrupto de domínio político do Partido Liberal Democrático. Seu líder, Yukio Hatoyama, foi eleito premiê com a promessa de estimular gastos dos consumidores, reduzir o desperdício orçamentário e diminuir o poder dos burocratas.

"Demorou, mas finalmente chegamos à linha de largada", disse Hatoyama numa entrevista coletiva em sua casa no dia seguinte à esmagadora vitória eleitoral. "Isso de forma alguma significa (chegar ao) destino. Finalmente conseguimos mexer na política, criar um novo tipo de política que irá cumprir as expectativas do povo."

O iene alcançou a maior cotação em sete semanas, refletindo o fim da incerteza eleitoral. As bolsas locais chegaram a atingir durante o pregão o maior índice em 11 meses, mas fecharam em ligeira baixa, já que a valorização do iene afeta o desempenho dos exportadores.

Hatoyama deve nomear uma equipe de transição, mas só pretende anunciar seu novo gabinete depois de ser formalmente eleito primeiro-ministro, numa sessão especial do Parlamento, provavelmente dentro de duas semanas.

Mas a vitória do Partido Democrata não gerou nenhuma euforia na chuvosa Tóquio. Analistas dizem que o resultado se deveu mais a uma frustração com o PLD do que a um entusiasmo com o PD, fundado há cerca de dez anos.

"Não é que os democratas fossem bons. Votei neles como punição ao PLD. O PLD tem de mudar," disse Etsuji Inuzuka, 47 anos, que trabalha no setor moveleiro.

O PD e seus aliados já controlavam o Senado desde 2007, o que lhes permitia adiar a aprovação de projetos do governo. Investidores ouvidos pela Reuters receberam com alívio o fim desse impasse político, mas temem que o novo governo não consiga manter a disciplina fiscal, já que prometeu benefícios para famílias com filhos pequenos e a abolição dos pedágios em rodovias, por exemplo.

"Questões fiscais, junto com a diplomacia e a segurança, serão uma questão importante," disse Junko Nishioka, economista-chefe da RBS Securities.

As estimativas da imprensa mostram que os democratas conquistaram cerca de 308 cadeiras na Câmara, em um total de 480, quase triplicando sua bancada. O PLD passou de 300 para 119 deputados.

"O problema é o quanto os democratas poderão realmente cumprir nos seus primeiros cem dias," disse Koichi Haji, economista-chefe do Instituto de Pesquisas NLI.

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