É preciso fazer mais contra a pobreza para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, até 2015, aprovados pela Organização das Nações Unidas (ONU) O relatório da ONU, hoje publicamente apresentado, revela que o número de pobres no mundo baixou de 1.25 mil milhões para 980 milhões de pessoas (2004), o que corresponde a 16 por cento dos habitantes da Terra.
Ban Ki-moon acusa os países mais ricos de fugirem às responsabilidades a que se comprometeram no ano 2000, na cimeira promovida pela ONU em que foram aprovados os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, até 2015. Por isso apela aos países industrializados que cumpram aquilo a que se comprometeram, isto é, duplicar a ajuda ao continente africano. É que entre 2005 e 2006, a ajuda diminuiu 2.1 por cento.
As reduções mais significativas do número de pobres ocorreram no Sul, Sudeste e Leste da Ásia. Já na Ásia Ocidental, a taxa de pobreza aumentou para mais do dobro; duplicou de 1.6 por cento da população para 3.8 por cento, nos últimos 14 anos. E, além disso, os que são pobres são cada vez mais pobres.
Na África subsariana, a taxa de pobreza extrema baixou quase cinco pontos percentuais, de 45.9 por cento da população (em 1999) para 41.1 por cento (2004), mas ainda estão longe de conseguir os objectivos propostos até 2015: reduzir para metade o número de pobres.
Mas há ainda outros números: morrem anualmente 500 mil mulheres por complicações evitáveis derivadas da gravidez e do parto. As mortes por HIV/SIDA aumentaram para 2.9 milhões em 2006 (2.2 milhões em 2001). Em 2005, 15 milhões de crianças perderam um ou ambos os pais devido ao vírus.