O medo nos enfraquece, diz Papa ao destacar a alegria cristã

Homilia do Papa nesta manhã se concentrou nas palavras “medo” e “alegria” para explicar que uma comunidade medrosa e triste está doente

Da Redação, com Rádio Vaticano

“Medo e alegria” são as duas palavras da liturgia desta sexta-feira, 15. Elas foram o centro da homilia do Papa Francisco na missa presidida na Casa Santa Marta.

Francisco costuma celebrar a Missa na Casa Santa Marta pelas manhãs / Foto: L'Osservatore Romano

Francisco costuma celebrar a Missa na Casa Santa Marta pelas manhãs / Foto: L’Osservatore Romano

“O medo  é uma atitude que nos faz mal; nos enfraquece, nos limita e até nos paralisa. Quem tem medo não faz nada, não sabe o que fazer. Concentra-se em si mesmo para que não lhe aconteça nada de mal; o medo leva a um ‘egocentrismo egoísta’, que paralisa. O cristão medroso é aquele que não entendeu a mensagem de Jesus”.

Por isso mesmo, o Papa recordou que Jesus disse a Paulo que ele não deveria ter medo, mas que continuasse a falar. “O medo não é cristão; é um comportamento de quem tem a alma aprisionada, presa, sem liberdade de olhar para a frente, de criar, de fazer o bem… E diz sempre: ‘Não, aqui há este perigo, aqui outro… e assim por diante… E isto é um vício. O medo faz mal”.

O Santo Padre destacou que não ter medo é pedir a graça da coragem do Espírito Santo. Ele lembrou que há comunidades medrosas, que apostam sempre em algo certeiro, como se na porta de entrada estivesse escrito “proibido”: tudo é proibido por medo. Quando se entra em uma comunidade assim, sente-se o marasmo, disse o Papa, porque se trata de uma comunidade doente.

“O medo deve ser distinguido do ‘temor de Deus’, que é santo, é o temor da adoração diante do Senhor. O temor de Deus é uma virtude: não é limitativo, não enfraquece, não paralisa: faz ir adiante para cumprir a missão dada pelo Senhor”.

A alegria

A outra palavra da liturgia é ‘alegria’. O Papa explicou que, nos momentos mais tristes e de dor, a alegria se torna paz. Ao contrário, uma diversão no momento da dor se torna sombrio, escurece.

“Um cristão sem alegria não é cristão; um cristão que continuamente vive na tristeza não é cristão. E um cristão que no momento da provação, das doenças ou das dificuldades, perde a paz… é porque lhe falta algo”.

O Papa lembrou ainda que a alegria cristã não é um simples divertimento e nem algo passageiro, mas é um dom do Espírito Santo. Trata-se de ter o coração sempre alegre porque Jesus venceu, está à direita do Pai.

“Uma comunidade sem alegria também é uma comunidade doente: pode até ser uma comunidade ‘divertida’, mas é ‘doente de mundanidade’, porque não tem a alegria de Jesus Cristo. Assim, quando a Igreja é medrosa e não recebe a alegria do Espírito Santo, a Igreja adoece, as comunidades adoecem e os fiéis adoecem”.

O Papa concluiu a homilia com uma prece: “Elevai-nos Senhor, ao Cristo, sentado à direita do Pai; elevai o nosso espírito. Despojai-nos de todo o medo e dai-nos a alegria e a paz”.

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