Novo recorde

Número de refugiados e deslocados em 2015 deve ultrapassar 60 milhões

Dados são do relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur)

Da redação, com Acnur

O número de pessoas deslocadas por guerras alcançou um novo e alarmante recorde / Arte: Acnur

O número de pessoas deslocadas por guerras alcançou um novo e alarmante recorde / Arte: Acnur

O ano de 2015 atingiu um nível recorde de refugiados e deslocados, provocado por guerras, conflitos e perseguições, e deve ultrapassar os 60 milhões. As informações são do relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), divulgado nesta sexta-feira, 18.

A nova edição do relatório Tendências Globais (ou Global Trends) aponta o crescimento do número de pessoas forçadas a deixar suas casas. Em 2014, este número atingiu o nível recorde de 59,5 milhões de pessoas, comparado com os 51,2 milhões registrados no final de 2013.

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Em todo o mundo, 01 em cada 122 indivíduos é atualmente refugiado, deslocado interno ou solicitante de refúgio. Se fossem a população de um país, representariam a 24º nação mais populosa do planeta.

“Estamos testemunhando uma mudança de paradigma, entrando em uma nova era na qual a escala do deslocamento global e a resposta necessária a este fenômeno é claramente superior a tudo que já aconteceu até agora”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres.

Segundo ele, é “aterrorizante” verificar que, de um lado, cresce a impunidade para os conflitos que se iniciam, e, por outro, há uma absoluta inabilidade da comunidade internacional em trabalhar junto para acabar com as guerras e construir uma paz perseverante.

O relatório do ACNUR mostra que as populações refugiadas e de deslocados internos cresceram em todas as regiões do mundo. Nos últimos cinco anos, pelo menos 15 conflitos se iniciaram ou foram retomados: oito na África (Costa do Marfim, República Centro Africana, Líbia, Mali, nordeste da Nigéria, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Burundi, neste ano); três no Oriente Médio (Síria, Iraque e Iêmen); um na Europa (Ucrânia); e três na Ásia (Quirguistão e em diferentes áreas de Mianmar e Paquistão).

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