Oliveira foi o símbolo escolhido para firmar compromisso comum em prol da paz
Rádio Vaticano
Cristãos e muçulmanos no Paquistão querem construir a paz social e religiosa na nação, e com esta intenção, lançam uma campanha que escolheu a oliveira como símbolo para indicar o compromisso comum.
O objetivo é promover a paz e a harmonia e para tal foi iniciada em todas as Dioceses do Paquistão uma simbólica campanha de plantação de oliveiras em escolas, igrejas, mesquitas, madrassas, seminários e instituições islâmicas.
A informação é da Comissão Nacional para o Diálogo Inter-religioso e o Ecumenismo, da Conferência Episcopal do Paquistão, presidida pelo arcebispo Sebastian Francis Shaw.
“A oliveira é uma árvore sempre verde. O ramo de oliveira é um símbolo de abundância, glória e paz. A oliveira é o símbolo de paz, sabedoria, glória, fertilidade, força e pureza. A pomba trouxe o ramo de oliveiras a Noé para demonstrar que o dilúvio havia acabado. A oliveira e o azeite de oliva são mencionados sete vezes no Alcorão e a oliveira é louvada como uma fruta preciosa”, recorda padre Francis Nadeem, Secretário Executivo da Comissão.
“Os líderes islâmicos – refere o sacerdote – quiseram que as oliveiras fossem plantadas em diversos seminários onde os estudantes muçulmanos estudam e aprendem a tornarem-se seres humanos amantes da paz. Neste sentido, queremos e podemos fazer brotar o desejo inato de cada ser humano de viver em paz”.
Para isto, pretende-se promover a paz e a harmonia em particular entre as crianças, acrescentou padre Nadeem. “Além disto, como as oliveiras crescem a cada dia no jardim de um seminário, da mesma forma esperamos que as atitudes e as relações de amor e de paz cresçam”.
É significativo que esta campanha tenha iniciado na Quaresma, e prosseguirá por todo o tempo da Páscoa, observa a Comissão. Ao menos cinco escolas islâmicas em cada diocese aderiram à iniciativa.
Entre os outros eventos que estão caracterizando de modo positivo as relações inter-religiosas no país, está o convite da “Majlias Wahadat Muslimin”, congregação religiosa islâmica de caráter político-social, que organizou recentemente um encontro com a Comissão Nacional para o Diálogo Inter-religioso e o Ecumenismo, anunciando querer dar vida a uma ala interconfessional da congregação, para promover regulamente iniciativas de diálogo entre cristãos e muçulmanos.