Segundo Unicef quase 2 milhões de crianças sofrem de desnutrição no Iêmen; Tudo causado por uma guerra que há três anos flagela o país
Da redação, com VaticanNews
Segundo a declaração do Diretor Regional para o Oriente Médio e a África do Norte do Unicef, Geert Cappelaere, atualmente no Iêmen morre uma criança a cada 10 minutos, por causas que poderiam ser facilmente prevenidas, e 1,8 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda. Destas 400 mil correm o risco de morrer.
E todos os anos cerca de 30 mil crianças com menos de cinco anos morrem por doenças causadas pela desnutrição, portanto, não terão um desenvolvimento normal do potencial intelectivo. Isso é um mal para as crianças e um mal para o Iêmen, impossibilitando a formação de gerações capazes de criar um país mais desenvolvido.
Massacre dos inocentes
No Iêmen acontece um verdadeiro massacre dos inocentes que ninguém pode deter. Ninguém está interessado em contrastar uma guerra que há três anos devasta todo o país, onde se vive “a pior crise humanitária do mundo”, denunciada pelo Secretário Geral da ONU, Guterres que pediu uma “trégua imediata”.
As organizações humanitárias não conseguem dar ajuda suficiente, as estruturas estão todas destruídas, assim como a vida dos civis, atingidos pelos ataques da coalizão guiada pelos sauditas que para derrotar os rebeldes houthu, na realidade, atacam escolas, hospitais e inocentes, com bombas provenientes também de governos ocidentais, os mesmos que se indignam com as fotos das crianças que morrem todos os dias.
Acabar com a venda de armas
“A questão – denuncia Francesco Vignarca, coordenador da Rede italiana pelo desarmamento – é a da venda de armas para a Arábia Saudita, país que não se pode confiar em termos de respeito dos direitos humanos. No Iêmen – continua – há provas de crimes de guerra, e os ataques têm como objetivo levar o país à fome”.
“Todos os sofrimentos das crianças do Iêmen são causados pelo homem. Se hoje a situação é de potencial carestia, não há uma só causa natural. É simplesmente por motivos cuja responsabilidade é dos adultos, mas pelos quais as crianças pagarão um alto preço”, destaca Cappelaere.