Desde a década de 1920, os papas suspendem as atividades pastorais durante uma semana para se dedicarem à oração e meditação. Entenda um pouco sobre o que são os exercícios espirituais do Papa realizados na Quaresma.
No tempo da Quaresma, as nossas atenções também se voltam para um tempo particular: o retiro quaresmal do Papa que, a cada ano, reserva um tempo para a oração e meditação, neste tempo litúrgico. A prática realizada pelo Santo Padre é um convite para que os cristãos façam o mesmo, durante estes 40 dias, nos quais a Igreja renova o apelo à conversão.
Não só o Papa, mas todos os colaboradores da Cúria Romana, participam deste momento de meditação. Por se tratar de um momento único, são suspensas todas as atividades do Papa, inclusive as catequeses das quartas-feiras. O cardeal brasileiro, Dom Cláudio Hummes, presidente do Pontfício Conselho para o Clero, chegou a aplicar um destes retiros para o então Papa João Paulo II, em 2002.
Neste ano, Bento XVI dedicou uma semana para seus exercícios espirituais. O Cardeal Francis Arinze, prefeito emérito para Congregação do Culto Divino ficou encarregado de aplicar o retiro ao Papa, com o tema "O sacerdote encontra Jesus e O segue".
Os retiros espirituais fazem parte de uma tradição de décadas. Começaram com Pio XI em 1929, com a publicação da encíclica sobre os exercícios espirituais, no qual falava da sua decisão de criar este tempo de renovação interior ao Papa e à Cúria Romana. Ele também instituiu Santo Inácio de Loyola patrono dos exercícios espirituais.
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