Após a separação, a região vive intensos conflitos entre etnias. As principais vítimas são as mulheres, idosos e crianças
Da Redação, com vatican.news
Missionários salesianos, refugiados e ONGs, dirigiram um apelo ao Papa Francisco, para que intervenha na crise humanitária no Sudão e em particular na região de Darfur. Atualmente, mais de 370 mil pessoas estão desabrigadas por consequência dos confrontos civis. “São dezenas de povoados atacados e destruídos, centenas de vítimas entre os quais mulheres e crianças”, alerta o apelo.
A carta, enviada nesta quinta-feira, 8, recorda que desde 2003 o Sudão vive um dos conflitos mais graves de sua história. O pedido é para que o Papa se manifeste sobre a crise e desperte as consciências de quem exerce o poder para intervir concretamente na situação.
“O mais urgente é trabalhar juntos para reconstruir a confiança e um ambiente operativo entre as pessoas: a unidade é fundamental porque dá força”, ressalta o apelo.
A Anistia Internacional denunciou, também nesta quinta-feira, 8, o assassinato e a violação de civis, com motivações étnicas, no Sudão do Sul, o que constitui “crimes de guerra e contra a humanidade”. A organização condena as “horríveis atrocidades cometidas por ambas as partes envolvidas no conflito no país africano.
No documento, a Anistia Internacional recolhe o testemunho de sobreviventes de massacres, vítimas de abusos sexuais e testemunhas de atrocidades num conflito que já causou mais de um milhão de vítimas e levou o país mais jovem do mundo, desmembrado do Sudão em 2011, à beira de um desastre humanitário”.
A Anistia explica que desde dezembro de 2013, as forças leais ao Presidente Salva Kiir atacaram civis em seus povoados, igrejas e mesquitas e mesmo em centros da ONU onde buscavam refúgios. Nestes locais, foram descobertas fossas comuns com mais de 500 corpos. “Crianças e mulheres grávidas foram violadas e anciãos mortos nos leitos de hospitais”, informa a organização.
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