Síria

Missão de retirada em Aleppo prossegue apesar de ataques

A retirada do último enclave rebelde de Aleppo irá encerrar anos de combates na cidade e marcar uma grande vitória para Assad

Da redação, com Reuters

Uma operação para retirar milhares de civis e combatentes do último bastião rebelde da cidade síria de Aleppo está em andamento nesta quinta-feira, 15, apesar de um ataque a um comboio médico levado a cabo por forças pró-governo.

Enquanto ônibus e ambulâncias seguiam para o enclave sitiado, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse que os esforços para retirar cerca de 200 feridos, parte de um acordo mais amplo de cessar-fogo, começaram.

A Rússia, grande aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que a remoção de 5 mil rebeldes sírios e seus familiares do leste de Aleppo teve início.

Mais cedo, ambulâncias que tentavam levar pessoas receberam disparos de combatentes leais ao governo sírio que feriram três pessoas, segundo o porta-voz de um serviço de resgate.

A retirada do último enclave rebelde de Aleppo irá encerrar anos de combates na cidade e marcar uma grande vitória para Assad.

“Milhares de pessoas estão necessitadas de evacuação, mas a primeira e mais urgente das coisas são os feridos, os doentes e as crianças, inclusive órfãs”, disse Jan Egeland, o representante humanitário da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria.

Soldados russos estão se preparando para conduzir os insurgentes para fora de Aleppo, informou o Ministério da Defesa em Moscou. A Síria garantiu a segurança destes e de suas famílias, que serão levados a Idlib, cidade do noroeste sírio que Damasco não controla.

A Rússia irá usar drones (aeronaves não tripuladas) para monitorar rebeldes e parentes sendo transportados em ônibus e ambulâncias ao longo de um corredor humanitário, informou o ministério.

O acordo de retirada irá incluir a passagem segura de feridos dos vilarejos xiitas de Foua e Kefraya, próximos de Idlib, que estão sitiados pelos insurgentes, de acordo com uma unidade militar de mídia do Hezbollah, grupo libanês ligado a Assad.

Um comboio partiu para liberar os vilarejos nesta quinta-feira, 15, relatou a mídia estatal síria.

 

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