Meios de Comunicação Social

"Mídia católica atinge quem tem saudade de Deus", diz arcebispo

O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, o arcebispo Claudio Maria Celli, afirmou durante sua palestra na Assembléia de Delegados Diocesanos de Meios de Comunicação Social, que está celebrando em Madri “que os meios de comunicação católicos devem ser uma mão diante de tanta gente que anda buscando e tem uma profunda saudade de Deus. Uma Igreja que está próxima, que não está chamada a condenar, mas que sabe amar este mundo, assim como Jesus o amava. Que tem capacidade de escutar e de entender ao homem”, mostrou Dom Celli.

Sob o título “Desafios da Comunicação Eclesial”, o presidente deste Pontifício Conselho destacou que são os diversos contextos e culturas os que requererão diferentes formas de presença e de linguagem e afirmou que ainda que a visibilidade da Igreja nos meios de comunicação não garanta que esteja evangelizando, uma ausência de visibilidade é sinal de deficiência na Evangelização.

Por isso, Dom Celli destacou que é necessário saber qual é a imagem da Igreja que as pessoas percebem. “Não tanto em nossa estrutura ou afazeres, mas no que se refere a maneira como inculturamos a mensagem do Evangelho, para que ilumine as preocupações mais profundas das pessoas”, afirmou.

O presidente do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais reconheceu que existe uma série de dificuldades que a Igreja deve propor-se frente à mídia: “Com relação à mensagem de fé, privilegia-se o espetáculo; com relação à tradição se privilegiam as novidades; com relação aos bens espirituais, os fenômenos tangíveis; com relação à estrutura eclesial, a democracia liberal; com relação ao Magistério, privilegiam os dissidentes; e com relação à complexidade teológica, a banalidade da comunicação”.

Ante este contexto, Dom Celli afirmou que os problemas da presença da Igreja na mídia são bem diferentes dependendo dos elementos culturais e explicou que o papel de uma rádio católica na Espanha não é o mesmo o papel de uma rádio ibero-americana ou africana.

Desta forma, durante sua intervenção, o prelado fez alusão à mensagem do Papa ante a Jornada Mundial das Comunicações Sociais e explicou que coloca os comunicadores diante da necessidade de tomar decisões e converter-se em servidores de uma sociedade livre, democrática e participativa.

Dom Celli finalizou sua palestra mostrando sua admiração pelas pessoas que trabalham nos meios de comunicação, que nem sempre são valorizados em seus esforços de serviço à verdade.

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