O manuscrito da terceira parte do Segredo de Fátima recebeu uma confirmação científica, sendo considerado autêntico. O documento foi analisado pela professora universitária da Faculdade de Letras da Universidade da Coimbra, Portugal, Maria José Azevedo Santos, perita em paleografia, estudo de escrituras antigas. Depois da análise, a professora assinalou que se trata de um documento autêntico.
O manuscrito, de propriedade do Vaticano, foi cedido ao Santuário da Fátima para a exposição “Segredo e Revelação”, que durará até final de outubro de 2014. O documento tem uma dimensão universal e não se restringe apenas à comunidade cristã católica: faz parte do patrimônio da humanidade.
Em entrevista ao jornal do Santuário Mariano da Fátima, “Voz de Fátima”, que será publicada nesta segunda-feira, 13, a perita assinalou que “a Igreja nunca teve dúvidas sobre a autenticidade e originalidade do documento. Pelo contrário, trata-se de um documento autêntico, verdadeiro, que saiu das mãos da Irmã Lucia”.
A professora assinalou que, apesar de o documento não ter a assinatura da autora, Irmã Lúcia, isto não invalida a autenticidade do documento. A perita comparou a letra do manuscrito com outros documentos da Irmã Lúcia e chegou à conclusão científica de que ele pertence à religiosa.
A docente universitária de Coimbra declarou: “Fui a primeira mulher leiga a entrar em contato direto com este documento, com prévia autorização do Papa Francisco”, concedida aos delegados do Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Augusto Marto.
Maria José, acompanhada pelo diretor do serviço de Estudos e Difusão do Santuário da Fátima, padre Luciano Cristiano, e pelo diretor do Museu do Santuário da Fátima, Dr. Marco Daniel Duarte, esteve em Roma, no final de 2013, onde obteve a licença e a autorização do Arquivo da Congregação para a Doutrina da Fé, que custodia o manuscrito, para analisá-lo cientificamente.
O manuscrito da terceira parte do Segredo de Fátima, escrito pela vidente Lucia Marto, “confirma o que Nossa Senhora lhe disse nas aparições, em Fátima, cujo conteúdo foi divulgado em 2000 pela Congregação da Doutrina da Fé, presidida, na época, pelo então Cardeal Ratzinger.
O texto do manuscrito e a interpretação feita pelo dicastério vaticano desmentem certos rumores milenaristas de que o documento continha previsões sobre o final dos tempos.