Iraque

Manifestação protesta contra lei de islamização de menores

Cristãos de várias confissões e representantes políticos vão às ruas no Iraque em protesto à lei de islamização de menores quando um dos pais se converte ao Islã

Da Redação, com Agência Fides

A lei de islamização de menores no Iraque tem causado polêmica no país e despertado a indignação de parte da população. Para esta terça-feira, 10, está programada uma manifestação convocada pelo Patriarca caldeu Louis Raphael I para protestar contra a lei, que dispõe a passagem automática de menores para a religião islâmica quando um dos pais se converte ao Islã.

Além de contar com a presença de cristãos de diversas confissões, a mobilização contará com a participação de militantes de várias organizações políticas, representantes de organizações da sociedade civil e grupos pertencentes às comunidades religiosas de yazidis, mandeos e sabeus.

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Em uma declaração, difundida pelos canais oficiais do Patriarcado caldeu, o Patriarca Louis Raphael I reitera que a lei de islamização de menores representa um ponto fraco para a unidade entre diversos componentes do povo iraquiano. No pronunciamento, o patriarca nota que tal disposição jurídica viola os artigos da Constituição iraquiana que protegem os cidadãos de toda discriminação e contradiz os ensinamentos do Corão, segundo o qual em nenhuma religião pode haver constrição.

O Patriarca também faz um apelo ao presidente iraquiano Fuad Masum, a fim de que a lei seja modificada no parlamento e haja emendas nas passagens que a tornam discriminatória. Caso contrário, já está pronto um recurso aos tribunais e às instâncias internacionais que protegem os direitos humanos.

No último dia 27 de outubro, o parlamento iraquiano rejeitou por larga maioria a proposta que representantes cristãos fizeram de modificação da lei. Em tal proposta, pedia-se que fosse acrescentado ao parágrafo que diz respeito aos menores uma frase, a fim de afirmar que, no caso de conversão ao islã de um dos pais, os menores permaneçam na religião originária até os 18 anos, para depois escolher a religião à qual pertencer em plena liberdade de consciência.

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